quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Poupança tem o pior rendimento dos últimos anos

Você investe seu capital ou coloca na poupança?

Para aqueles que pensam que a poupança é um investimento, por mais conservador que seja, digo que provavelmente estão enganados. O próprio nome já o diz: poupança. Trata-se de um instrumento financeiro para quem não quer perder dinheiro, para quem deseja literalmente poupar. Ganho, rendimento e valorização são termos que não fazem parte do dicionário da poupança.

Ao consultar uma instituição financeira a respeito da poupança, será comum encontrarmos ofertas que prometem rentabilidade de 0,6% ao mês. O que dificilmente alguém explica é que essa rentabilidade é apenas nominal, ou seja, não calcula o impacto da inflação, visto que seu dinheiro fica paralisado e sofre impacto sim da inflação.

No Brasil, mês a mês a captação líquida da poupança vem crescendo, algo que surpreende e mostra como o povo brasileiro desconhece o mercado financeiro e os produtos que pode usufruir para obter melhores retornos.

Um estudo feito pela consultoria Economática mostrou que a mais popular aplicação do país, a caderneta de poupança, teve rendimento nominal de 6,9% ao longo de 2010, o pior desde 1967. Isso significa que quem aplicou R$ 1.000,00 no início do ano, poderá sacar agora R$ 1.069,00. Pouco não?

Considerando o ganho real e não o nominal, após descontarmos a inflação, a caderneta de poupança teve rendimento de 1,57% em 2010, ou seja, dos seus ricos R$ 1.000,00 aplicados você poderia sacar somente R$ 1.015,70. Resumindo, quem optou por “poupar” R$ 1.000,00 no início do ano, teve a grande honra de mal pagar por um almoço depois desse tempo todo.

Para piorar, alguns anos a poupança apresentou rentabilidade real negativa, ou seja, se você aplicou R$ 1.000,00 em 2002, por exemplo, ao final do mesmo ano você teve de arcar com um prejuízo de R$ 20,90, graças à alta inflação naquele ano. Mas pouca gente percebeu isso, já que o rendimento nominal naquele ano foi de 9,27%. Isso mostra como a poupança engana os poupadores.

Com base em poucos argumentos já podemos concluir que a poupança nada mais é que encher os bolsos de alguém, nesse caso, os bancos e as instituições financeiras. Essas sim sabem como aplicar seu capital em produtos e instrumentos mais rentáveis.

O que fazer então?

Muito simples. Existe uma gama imensa de instrumentos e produtos de investimento.

Entre os mais conservadores podemos dar destaque, dentro da renda fixa, para o Tesouro Direto. O governo brasileiro vende títulos públicos e remunera quem os adquire. Por que não tirar proveito legal de algo que todos reclamam?

A remuneração mais simples que existe nessa modalidade de investimento paga cerca de 11% ao ano atualmente, ou o valor equivalente à taxa básica de juros, a SELIC. Os riscos são mínimos e a rentabilidade é muito maior que da poupança.

Na outra ponta temos o mercado financeiro, a Bolsa de Valores. Enquanto algumas manchetes apontam a BOVESPA com valorização praticamente nula neste ano, o que não deixa de ser verdade, as entrelinhas mostram várias empresas sólidas trazendo rentabilidades excelentes e com risco controlado.

Empresas com excelentes fundamentos e com seu nicho de mercado aquecido mostraram bons resultados e agradaram os investidores este ano. Apenas como exemplo cito aqui a Vale do Rio Doce com 17,22% (Minério), a Lojas Renner (Varejo) com 44,31%, a Ambev (Consumo) com 50,32% e a Participações Triunfo (Infra-estrutura) com 78,74% de valorização.

Basta analisar com calma e conhecimento para saber onde aplicar seu capital. As ferramentas estão disponíveis, desde as mais conservadoras até as mais arrojadas, basta escolher a que melhor se enquadra em seu perfil e seguir em frente.

Mas se tem uma coisa que é notória é que a poupança definitivamente não é um investimento.

Atenciosamente.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 28-12-10


Os mercados asiáticos fecharam em baixa no pregão de hoje com o mercado apreensivo em relação à novas medidas de endurecimento da política monetária na China. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com queda de 0,61%, com o iene em alta combinado com o fraco desempenho dos mercados da China. O setor de tecnologia foi o que mais pesou no índice.

Na China, o índice de Shanghai teve queda de 1,74%, com os investidores repercutindo a possibilidade de novas medidas de aperto monetário pelo governo chinês. Autoridades mostram-se preocupadas com a pressão inflacionária na economia da China e analistas acreditam que outros aumentos podem acontecer. Em Hong Kong, as ações do setor financeiro lideraram as perdas, levando o índice Hang Seng à 0,93% de queda.

Na Europa, os mercados mantém uma frágil estabilidade positiva pela manhã. As ações do setor bancário e de petróleo dão suporte à essa alta, enquanto na outra parte da balança pesam as empresas automobilísticas. O volume dos negócios segue fraco por conta do final de ano e Londres não apresenta pregão no dia de hoje por conta de feriado. De modo geral, os mercados estão apenas de olho nos indicadores que serão divulgados nos EUA hoje.

Nesse momento, Frankfurt opera com alta de 0,15%, Paris com alta de 0,46%, Milão com queda de 0,04% e Madrid com alta de 0,32%.

Por aqui, os mercados futuros aparentam abertura com leve alta. O Dow Jones Futuro nesse momento tem alta de 0,16% enquanto o dólar futuro apresenta queda de 0,18%, cotado à R$ 1,683. O Euro trabalha com leve alta em NY.

Na agenda econômica de hoje, temos indicadores previstos para as 12h00 (S&P Case Shiller Home Price) e as 13h00 (Consumer Confidence e Richmond Fed Manufacturing).

No restante, deveremos ter mais um dia de poucos negócios devido aos feriados de fim de ano.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 23-12-10


Os principais mercados da Ásia apresentaram sinal negativo nesta quinta-feira. Parte dos investidores decidiu pela realização de lucros. Outras bolsas, contudo, seguiram o embalo positivo de Wall Street. Não houve negociações no Japão por ser feriado.

As Bolsas da China seguiram em queda, lideradas pelas imobiliárias. Shanghai fechou com queda de 0,79% e Hong Kong fechou com queda de 0,62%. Sydney fechou com alta de 0,38%.

No Velho Continente, os principais mercados operam sem rumo definido, à espera de indicadores econômicos que serão divulgados hoje nos EUA. Na Irlanda, o ministro de Finanças Brian Lenihan pedirá a autorização para realizar o aporte de € 3,7 bilhões no Allied Irish Bank, o que resultaria na elevação da participação do governo no banco para 90%.

Já o governo da Grécia, outro país europeu em foco devido aos temores quanto à dívida soberana, conseguiu a aprovação do orçamento para o próximo ano, após diversas greves por parte da população por conta das medidas de austeridade fiscal propostas, as quais visam reduzir o déficit do PIB (Produto Interno Bruto) dos 9,4% previstos neste ano para 7,4% no próximo.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera com alta de 13%, Paris com queda de 0,26%, Frankfurt com 0,08% de alta, Milão com alta de 0,62% e Madrid com 0,2% de queda.

Por aqui, os futuros operam com leve alta, próximo à estabilidade, com alta de 0,03%. O dólar futuro opera em queda de 0,21%, cotado à R$ 1,700. Sendo assim, inicialmente pode-se concluir que teremos um mercado com leve alta na abertura.

Nos EUA, a agenda econômica para hoje é pesada. Às 11h30 será divulgado o Durable Good Orders, o Personal Income, o Personal Spending e o Initial Jobless Claims, podendo trazer certa volatilidade aos mercados. Às 12h55 sairá o Sentimento do Consumidor de Michigan e às 13h00 o New Home Sales.

Sendo assim, podemos esperar alguma volatilidade para o dia, mas no geral não deverá ser muito diferente do pregão de ontem, com poucos negócios devido aos feriados de fim de ano e com movimentos mais fracos no mercado.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 22-12-10


Os mercados da Ásia estenderam os ganhos nesta quarta-feira, com a redução da tensão política na península coreana. A exceção foi a China, que sofreu com a realização de lucros, o Índice de Shanghai fechou com queda de 0,9%.

A Bolsa de Tóquio, porém, fechou em queda de 0,23% com a realização de lucros que antecedeu o feriado de amanhã no Japão (Aniversário do Imperador), mas as ações das companhias imobiliárias contrariaram a tendência graças à divulgação de relatórios otimistas do Credit Suisse e da UBS Securities, baseados nas compras de ativos do Banco do Japão (BOJ).

Hong Kong fechou com alta de 0,22%, Sydyney com alta de 0,15%, Bombay, com alta de 0,86%, Seul com alta de 0,01%, Taiwan com alta de 0,4% e Kuala Lumpur com alta de 0,7%.

Na Europa, os principais mercados operam em leve alta após abrirem em queda. Enquanto a volatilidade aumenta nos mercados em conseguência da redução das negociações com a proximidade do fim do ano, os investidores estão relutantes em assumir novas posições nesse ambiente.

Uma das poucas notícias positivas foi a de que a China estaria pronta para comprar entre 4 bilhões e 5 bilhões de euros em bônus de Portugal para ajudar o país a refinanciar sua dívida soberana no primeiro trimestre de 2011. O euro também foi beneficiado pela informação e opera em alta diante do dólar. Porém, o sentimento dos investidores continua frágil em relação à crise da zona do euro, especialmente depois que ontem a Moody''s colocou Portugal em revisão para possível rebaixamento e a Fitch fez o mesmo com a Grécia.

Nesse momento, a Bolsa de Londres opera com alta de 0,21%, Paris com queda de 0,02%, Frankfurt opera estável, Milão com 0,25% de alta e Madrid com 0,17% de alta também.

Os mercados futuros por aqui denotam uma abertura estável, sem definição de tendência por enquanto. O Dow Jones Futuro opera com queda de 0,02% e o dólar segue com queda também de 0,03%, cotado à R$ 1,699. O Euro opera com alta de 0,18%, cotado à R$ 2,230.

Na agenda econômica, finalmente teremos alguns indicadores hoje. Às 11h30 sairá o PIB preliminar do 3º trimestre dos EUA e às 13h00 teremos o Existing Home Sales e o House Price Index, que mostrarão um termômetro de como anda o mercado imobiliário norte-americano. Ainda às 13h30 será divulgado o relatório semanal de estoques de petróleo.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 21-12-10

As bolsas da Ásia fecharam com forte alta nesta terça-feira com a redução da tensão política na península coreana. Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, liderada pelas ações das mineradoras de carvão, que se beneficiaram das expectativas de fortes vendas durante o inverno. O índice Hang Seng subiu 1,6%.

A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,51%, uma vez que o apoio da China às medidas que estão sendo tomadas pelas autoridades europeias para estabilizar seus mercados financeiros tranquilizou os investidores e disparou uma onda de compras, puxando fortemente para cima as ações sensíveis à zona do euro, como Sony e Nikon. O Banco do Japão (BoJ, banco central) manteve inalterada sua taxa básica de juros na faixa de 0 a 0,1% e não tomou nenhuma medida não convencional de alívio monetário.

Os Índices de Shanghai e Taiwan também fecharam em alta, 1,8% e 0,7% respectivamente. O yuan se valorizou em relação ao dólar no fim do pregão devido à forte demanda, após o Banco Central reduzir a taxa de paridade central dólar-yuan. Na Índia, a Bolsa de Bombai fechou com alta de 0,12% e o Índice de Sydney fechou com valorização de 0,69%.

No Velho Continente as bolsas operam com alta ao mesmo tempo que as negociações vão reduzindo seu ritmo por conta do feriado de Natal, com os investidores apostando em ativos de maior risco. A redução da tensão nas Coreias também colabora para os ganhos das ações. Um fator que pode limitar os ganhos nos mercados de ações foi o alerta da Moody''s sobre um possível rebaixamento do rating de Portugal. A agência de classificação de risco colocou o rating A1 de longo prazo de Portugal em revisão para possível rebaixamento

Outro ponto interessante foi a declaração do vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, ao dizer que a China apóia os esforços das autoridades européias para estabilizar os mercados globais em seguida à crise da dívida dos países do bloco. Isso levou à especulação de que a China pode intensificar suas compras de bônus nas economias da zona do euro.

Nesse momento Londres opera com alta de 0,71%, Paris com 0,51%, Frankfurt com 0,56%, Milão com 0,86% e Madrid com 0,98%. Portugal ignora aviso da Moody´s e opera com leve alta de 0,3%.

Os mercados futuros por aqui apontam uma abertura em alta. O Dow Jones Futuro opera com alta de 0,28%. Por aqui, o dólar futuro opera com queda de 0,26%, cotado à R$ 1,706 enquanto o euro segue estável, cotado à R$ 2,246.

Na agenda econômica de hoje, mais um dia parado, apenas com o índice de confiança do consumidor divulgado pela ABC News e pelo Washington Post, às 20h00, logo, sem impactos no mercado, o que sugere um pregão sem muita volatilidade hoje.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 20-12-10


As principais bolsas da Ásia iniciaram a semana em baixa. A tensão política entre as Coreias e as preocupações sobre o aumento das taxas de juros na China prejudicaram os pregões nesta segunda-feira.

A Bolsa de Tóquio fechou com a maior baixa do mês, -0,85%, pressionada pelo enfraquecimento do euro, pela forte queda das bolsas chinesas e pela tensão na península coreana. As ações mergulharam desde a abertura, uma vez que o sentimento do mercado foi prejudicado pela desvalorização do euro em relação ao iene, ante o rebaixamento da nota atribuída pela agência Moody''s à dívida soberana da Irlanda, na sexta-feira, e o alerta sobre o risco de "contágio", feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na China, o Índice de Shanghai fechou com baixa de 1,42%, por conta de declínio nos setores imobiliário e bancário, em virtude das preocupações de que Pequim irá adotar mais medidas de aperto monetário no curto prazo. Hong Kong, fechou com baixa de 0,33%. Taiwan encerrou com queda de 0,6%. Em Seul, a bolsa apresentou leve queda, de 0,3%.

Os principais índices acionários europeus registram leve alta nesta segunda-feira, favorecidas pelo desempenho de papéis ligados ao setor automobilístico, em meio à redução dos temores sobre o desempenho da atividade econômica no Velho Continente. Após sequência de indicadores favoráveis sobre a economia da região, analistas destacam que o crescimento esperado poderá ser suficiente para enfrentar boa parte das dificuldades relativas à crise da dívida, ofuscando as incertezas sobre o rating soberano da França, bem como dos temores associados a novos episódios do conflito entre as Coreias do Sul e do Norte.

Ainda no front macroeconômico, os investidores avaliam as declarações de Jean-Claude Tricher, presidente do BCE (Banco Central Europeu) sobre a crise da dívida da região. Em sua visão, a "quebra" da Zona do Euro é uma hipótese absurda. Ademais, o chefe da autoridade monetária destacou que os problemas da união monetária são de estabilidade financeira e não de moeda.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,52%, Paris com 1,08%, Frankfurt com 1,03%, Milão 1,49% e Madrid 0,78%.

Os mercados futuros por aqui mostram abertura em alta para o dia de hoje. Nesse momento o Dow Jones Futuro opera com alta de 0,23%, enquanto o Dólar Futuro opera com queda de 0,23%, à R$ 1,715. O Euro opera com queda de 0,33%, cotado à R$ 2,257.

Na Agenda econômica de hoje, nada muito relevante. Apenas às 11h30 teremos o Chicago Fed National Activity Index, que avalia o nível da atividade econômica de Chicago. Às 13h00 teremos ainda o Índice de Confiança do Consumidor na Zona do Euro.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 17-12-10


Os mercados asiáticos fecharam o dia de hoje em alta na sua maioria, apesar de sinais mistos e de pouca expressão. A bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 0,07%, mas ainda acumula alta de 10% no último trimestre do ano. O índice Nikkei pode ter o maior avanço trimestral desde o segundo trimestre de 2009, impulsionado pela caça de ações baratas por investidores estrangeiros.

Após dois dias de queda, o índice MSCI que reúne as de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,39%, com ganhos espalhados igualmente entre os setores.,

Na Europa, as principais praças operam no vermelho agora pela manhã. O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o pagamento do empréstimo de 22,5 bilhões de euros para a Irlanda ontem. Esse empréstimo foi aprovado no âmbito da política de financiamento de emergência, que permitiram colocar imediatamente à disposição da Irlanda 5,8 bilhões de euros. Além disso, foi confirmado hoje o rebaixamento do ranting da dívida soberana da Irlanda em cinco níveis pela Moody´s.

Na Alemanha, o índice IFO, que mede a confiança dos empresários alemães avançou em dezembro, passando de 109,3 para 109,9 pontos, um valor considerado bem alto.

A balança comercial do conjunto dos 16 países que integram a Zona do Euro registrou em outubro um superávit de € 5,2 bilhões, ante um saldo positivo de € 4,8 bilhões no mesmo mês do ano anterior.
Em setembro, o superávit da região atingiu € 2,6 bilhões. A estimativa preliminar foi divulgada nesta sexta-feira pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE).

No acumulado, a Alemanha registra o maior superávit comercial, com € 113,5 bilhões. O Reino Unido tem o maior déficit, com € 84,8 bilhões.

Nesse momento, Londres opera com queda de 0,18%, Paris estável, Frankfurt com queda de 0,11%, Milão com queda de 0,83% e Madrid com queda de 0,41%.

Nos mercados futuros por aqui, indicações de abertura com leve queda. O Dow Jones Futuro opera nesse momento com queda de 0,14%. O dólar futuro apresenta alta de 0,35% cotado à R$ 1,715 e o Euro segue com forte alta de 0,95%, cotado à R$ 2,280.

A agenda econômica de hoje prevê apenas o Leading Indicators às 13h00, relatório que compreende um resumo de todos os índices divulgados no país e demonstra a situação da economia dos EUA. Além disso, hoje temos os vencimentos de opções e contratos futuros nos EUA, o que pode causar alguma volatilidade no pregão.

Além disso, O Congresso dos Estados Unidos deu na noite de quinta-feira aprovação final para o acordo que o presidente Barack Obama e os republicanos fizeram para estender o corte de impostos, em um esforço de criar empregos mesmo elevando o endividamento do país.

A medida, que tinha sido aprovada pelo Senado na quarta-feira, deve ao menos no curto prazo prover alguma melhora à economia americana, mas também elevará a dívida nacional de US$ 14 trilhões e alguns temem que o endividamento do país esteja se aproximando de níveis perigosos.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 16-12-10


As bolsas da Ásia fecharam em baixa nesta quinta-feira, sinalizando que os investidores estão procurando manter suas posições até o final do ano, ao invés de expor seus ativos a mais riscos. O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,49%, apesar de outra série de dados positivos dos Estados Unidos. As ações de Tóquio encerraram estáveis, com o Índice Nikkei apresentando alta de 0,02%.

"O Nikkei está respirando após um rali de seis semanas, mas a confiança continua positiva no geral", disse Takashi Ohba, estrategista sênior da Okasan Securities, em Tóquio. Os investidores estrangeiros foram compradores líquidos de ações japonesas por seis semanas consecutivas, arrematando US$ 9,8 bilhões em ações, segundo dados do Ministério das Finanças do Japão.

Na Índia, o Reserve Bank of India manteve as taxas de juros do país inalteradas, depois de seis altas no decorrer do ano, visando o combate inflacionário. A taxa básica para bancos comerciais segue em 6,25%. O Índice Sensex, de Bombay, fechou com queda de 0,76%.

No Velho Continente, os principais índices acionários apresentam indefinição nesse momento. Pela manhã, os mercados estavam em alta e mostram certo recuo agora. Embora positivo, o PMI (Purchasing Managers Index) apontou crescimento aquém do esperado por analistas para a economia da Zona do Euro, tendo atingido 55,0 pontos em dezembro.

Espera-se ainda nesta sessão, a revelação de dados sobre a inflação ao consumidor na Zona do Euro. Analistas esperam a confirmação de variação anual em 1,9%, com inflação de 0,1% na passagem mensal, confirmando os dados divulgados na prévia do índice. Já as vendas no varejo britânico marcaram queda de 0,3% em novembro, na passagem mensal.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,07%, Paris com queda de 0,09%, Frankfurt opera estável, Milão com 0,7% de queda e Madrid com 0,43% de queda.

Os mercados futuros por aqui ensaiam uma abertura com leve alta. O Dow Jones Futuro opera com alta de 0,12%. O Dólar opera na contramão, com queda de 0,41%, cotado à R$ 1,708 e o Euro opera com leve queda de 0,07%, cotado à R$ 2,265.

Mas o grande foco hoje se encontra na agenda econômica com indicadores de peso previstos. Como destaque, teremos às 11h30, o initial Jobless Claims, que mede os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, o Building Permits, que mede as permissões para novas construções nos EUA e às 13h00 sai o Philadelfia Fed Index, que mede a atividade manufatureira da região da Philadelfia.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 15-12-10


As bolsas asiáticas fecharam em queda depois que o FED afirmou que a recuperação da economia dos Estados Unidos ainda está lenta demais para reduzir o desemprego elevado. Os negócios também foram guiados por realização de lucros conforme o final do ano se aproxima.

Um alerta da agência de classificação de risco Moody's sobre uma possível redução na nota da Espanha serviu também como lembrete dos riscos ao redor da recuperação global em 2011. Além disso, a Standard & Poor's cortou sua perspectiva sobre a dívida da Bélgica, sinalizando novos riscos para os mercados na crise de dívida soberana da zona do euro.

O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia queda de 1,06%, no fechamento, enquanto Tóquio fechava com queda de 0,07%, depois que o BOJ (Bank Of Japan) divulgou pesquisa que mostrou que a confiança do setor manufatureiro do país caiu pela primeira vez em quase dois anos.

Na Europa, os mercados seguem o pessimismo geral da economia. Na liderança do movimento negativo destaca-se o índice Ibex 35, da bolsa de Madri, com perdas de 1,71%. Já o índice DAX 30, da bolsa de Frankfurt, perde 0,73%, enquanto o CAC 40 da bolsa de Paris marca baixa de 0,63. Por fim, o FTSE 100, da bolsa de Londres, desvaloriza-se 0,41%.

Nos mercados por aqui, indicações de abertura em queda hoje. O Dow Jones Futuro opera em queda de 0,26% nesta manhã. O Índice Futuro Bovespa opera com queda de 0,51% enquanto o dólar se encontra estável, cotado à R$ 1,703.

A agenda econômica de hoje está lotada de indicadores. Segue:

11h30 | Consumer Price Index (CPI) | Novembro
Indicador mensal da inflação ao consumidor dos Estados Unidos.

11h30 | NY Empire State Manufacturing Index | Dezembro
O indicador mede a atividade manufatureira no estado de Nova York. As indústrias respondem a um questionário com os principais índices econômicos e com as perspectivas para os Estados Unidos nos próximos seis meses.

12h00 | Fluxo de Capitais - Líquido | Outubro
Divulgado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o indicador revela o fluxo de capital estrangeiro e doméstico no país.

12h15 | Industrial Production | Novembro
Divulgado pelo Federal Reserve, o Índice de avaliação mostra a produção de fábricas dos Estados Unidos.

12h15 | Capacity Utilization | Novembro
Divulgado pelo Federal Reserve, o indicador acompanha a capacidade utilizada pela indústria americana.

13h00 | NAHB Housing Market Index | Dezembro
Divulgado pela Associação Nacional de Construtoras dos Estados Unidos, o indicador revela a venda de imóveis e a expectativa para novas construções no mercado imobiliário americano.

13h30 | Estoques de Petróleo | Semanal
O Departamento de Energia dos Estados Unidos atualiza semanalmente o relatório sobre o nível das reservas americanas de petróleo.

O descolamento visto ontem no mercado (alta em NY, baixa aqui), basicamente se explica pelos vencimentos de opções sobre o índice futuro e Ibovespa, que fecham hoje. De modo geral, esses vencimentos ainda podem impactar no mercado hoje, porém o foco principal deve ser a agenda de indicadores dos EUA.

Por hora é isso.

Atenciosamente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 13-12-2010


Os principais mercados asiáticos iniciaram a semana em elevação. Nesta segunda-feira, as bolsas da região foram influenciadas, principalmente, pelas notícias vindas da China, onde as medidas de aperto monetário não foram tão pesadas quanto o previsto.

Por conta disso, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta moderada de 0,7% enquanto o Índice de Shanghai fechou com forte alta de 2,89%. Tóquio apresentou alta de 0,8%.

Tal movimento se deu principalmente em função da divulgação da Produção Industrial e das Vendas ao Varejo na China. O primeiro apresentou avanço de 13,3% em comparação com o mesmo período do ano passado e as vendas ao varejo também apresentaram melhora em relação ao ano passado e ao mês anterior.

Na Europa, os mercados seguem o bom humor asiático e operam no campo positivo agora pela manhã. Mesmo com a inflação em alta na China, o mercado se surpreendeu pelo país não ter adotado medidas mais rígidas na política monetária.

Nesse momento a Bolsa de Londres opera com alta de 0,75%, Paris com 0,86% de alta, Frankfurt com 0,33% de alta, Milão com 0,84% e Madrid com 0,54% de alta.

Os mercados futuros por aqui apontam para uma abertura também em alta, na carona dos mercados mundiais, ancorados pela China. Nesse momento o Dow Jones Futuro opera com alta de 0,07% enquanto o dólar futuro opera com 0,12% de queda cotado à R$ 1,713.

A agenda econômica de hoje é praticamente nula, tendo como único indicador para o dia a Balança Comercial do Brasil, às 11h00, e que não deverá exercer grande peso sobre os mercados. Tecnicamente, um dia com uma leve alta.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosmente.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 10-12-10


A maioria dos mercados asiáticos fechou em queda nesta sexta-feira. Os temores sobre a adoção de medidas de aperto monetário na China, durante o fim de semana, dominaram o sentimento dos investidores. Não houve negociações na Tailândia por ser feriado.

A bolsa do Japão encerrou em queda de 0,72% nesta sexta-feira, depois de chegar a marcar o maior nível em sete meses mais cedo. O movimento foi incentivado por realização de lucro, mas na semana o mercado teve um desempenho melhor que o restante da Ásia. Com 2010 acabando, investidores se mostram relutantes em fazer grandes apostas e estão preferindo realizar lucros em pequenas posições em meio a fracos volumes de negócios.

O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão fechou com ligeira valorização de 0,05%. As maiores perdas foram em setores voltados ao consumo, que têm apresentado um dos melhores desempenhos no acumulado do ano. Em Xangai, a bolsa teve valorização de 1,07%. Hong Kong se desvalorizou em 0,04%. A bolsa de Taiwan caiu 0,4%. Na Coreia do Sul, a bolsa de Seul perdeu 0,14%, Cingapura caiu 0,77% e Sydney teve avanço ligeiro de 0,1%.

Na Europa, as principais bolsas operam completamente instáveis hoje, alternando entre terrenos positivo e negativo, avaliando dados dos EUA e às vésperas da divulgação de um relatório sobre inflação na China, o qual poderá acrescentar novas pressões sobre um aperto monetário no país.

Deste modo, pressionadas por uma possível retração na demanda chinesa - apesar da divulgação de dados melhores que o esperado na balança comercial chinesa, divulgados nesta sessão -, as ações ligadas às commodities registram desvalorização, com queda de 0,65% para os papéis da BHP Billiton, de 1,24% para as da Rio Tinto e de 0,53% para as da Xstrata, todas em Londres.

No entanto, os investidores avaliaram um sinal positivo dos EUA, já que o número de pedidos de auxílio desemprego ficou abaixo do consenso do mercado, indicando 421 mil novos pedidos na última semana, contra expectativas de 429 mil. Por outro lado, o nível dos estoques do atacado registrou alta de 1,9%, mostrou o Wholesale Inventories, ao passo que as estimativas apontavam para avanço de 0,7%.

Nesse momento, Londres opera com queda de 0,12%, Paris com 0,01% de alta, Frankfurt com 0,5% de alta, Milão com 0,20% de queda e Madrid com 0,75% de queda também.

Os mercados futuros por aqui demonstram abertura com ligeira alta. O Dow Jones Futuro opera com alta de 0,17% nesse momento e o dólar opera com queda de 0,32%, cotado à R$ 1,714. O Euro opera praticamente estável cotado à R$ 2,270.

A agenda econômica de hoje possui alguns indicadores importantes, vamos à eles:

11h30 | Trade Balance | Outubro
Trata-se do saldo mensal da balança comercial dos Estados Unidos.

11h30 | Import Prices | Novembro
O indicador mede os preços de bens importados nos Estados Unidos, excluindo petróleo.

11h30 | Export Prices | Novembro
O indicador mede os preços de bens exportados nos Estados Unidos, excluindo produtos agrícolas.

12h55 | Michigan Sentiment (Preliminar) | Dezembro
A Universidade de Michigan divulga a versão preliminar do sentimento do consumidor.

17h00 | Treasury Budget | Novembro
O Departamento de Tesouro americano fornece os dados mensais do orçamento governamental.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 09-12-10


As bolsas asiáticas fecharam seus pregões com alta em sua maioria nesta quinta-feira com expectativa de que estímulo fiscal nos Estados Unidos ajude a economia norte-americana no curto prazo. O Índice MSCI que reúne bolsas da Ásia-Pacífico com exceção do Japão fechou com valorização de 0,71%. Tóquio, fechou com alta de 0,52% com destaque para a expansão do seu PIB no 3º trimestre, que veio acima do esperado pelos analistas. Destaque negativo apenas para Shanghai e Bombay.

Em um grande contraste com a alta do índice de desemprego dos EUA na semana passada, que a Casa Branca está tentando miminizar com corte de impostos, o crescimento de empregos na Austrália em novembro foi o maior desde janeiro, superando estimativas do mercado e apoiando o dólar australiano.

O mundo financeiro está começando a ficar dividido entre aqueles que estão profundamente preocupados com a proposta do presidente norte-americano, Barack Obama, de prorrogar reduções de impostos e aqueles que se mostram aliviados em ver as autoridades do país usando medidas fiscais e monetárias para ajudar a economia.

No Velho Continente, as bolsas operam em alta puxadas pelo desempenho favorável dos setores financeiro e mineração, mas a grande expectativa fica por conta da decisão sobre política monetária do BoE (Bank of England) e do relatório mensal do BCE (Banco Central Europeu). Analistas avaliam a possibilidade de ampliação dos estímulos no Reino Unido. Entretanto, a expectativa é que a autoridade monetária do país mantenha a taxa básica de juro e o tamanho do programa de alívio quantitativo em, respectivamente, 0,5% ao ano e £ 200 bilhões.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,35%, Paris com alta de 0,53%, Frankfurt em leve baixa de 0,05%, Milão com 0,47% de alta e Madrid com 1,05% de alta.

Por aqui, os mercados futuros ensaiam uma alta na abertura. O Dow Jones Futuro opera com leve alta de 0,27% e o dólar opera com baixa de 0,06%, cotado à R$ 1,698. O euro segue estável cotado à R$ 2,254.

Ontem pudemos sentir um movimento de pressão vendedora no mercado e mesmo com essa abertura em alta através do otimismo no Japão, devemos ficar atentos à agenda econômica norte-americana, que reserva o Initial Jobless Claims às 11h30, que mede a quantidade de pedidos de auxílio-desemprego, lembrando que na semana passada, os dados sobre emprego e mercado de trabalho não vieram nada positivos com o relatório do Payroll norte-americano. Portanto, este indicador pode agitar o mercado hoje, que segue dividido entre esses dados pessimistas e as notícias otimistas de estímulos por parte do governo com corte de impostos entre outros. Teremos antes disso ainda, às 11h00, o Wholesale Inventories, que mostra dados das vendas e dos estoques no atacado americano.

Outra notícia divulgada hoje pela manhã foi de que a economia brasileira apresentou expansão de 0,5% no terceiro trimestre, comparada com o segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre, a economia registrou avanço de 1,2%, enquanto no acumulado do ano o PIB teve avanço de 7,5%, de acordo com o IBGE. Resumindo, o crescimento da economia brasileiro segue em linha com o esperado.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 08-12-10


As bolsas da Ásia fecham em sua maioria no campo negativo, em meio às preocupações com uma possível elevação dos juros na China e ao reaparecimento das tensões entre as Coreias. Apenas a Bolsa de Tóquio no campo positivo, com o setor exportador beneficiado por uma desvalorização do iene e com o mercado em geral estimulado pelo acordo fechado nos EUA para estender cortes de impostos concedidos no período do governo Bush.

Tóquio fechou com 0,9% de alta, Hong Kong com 1,43% de queda, Shanghai com 0,96% de queda, Sydney com 0,51% de queda e Bombai com 0,23% de queda.

Já os mercados Europeus estão trabalhando em terrenos mistos nesta quarta-feira, ajustando os lucros vistos até ontem e absorvendo o impacto das notícias na Irlanda. A aprovação das medidas era crucial para evitar o aprofundamento da crise e ativar o fundo de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em meio a grande ansiedade, o governo da Irlanda conseguiu apoio no parlamento para a aprovação inicial às medidas de ajuste fiscal, com a aprovação do orçamento para 2011, em votação na noite da última terça-feira. Espera-se que a peça orçamentária seja submetida novamente ao legislativo na próxima semana.

Na Alemanha, o Departamento Nacional de Estatísticas divulgou o saldo da balança comercial no mês de outubro, que foi positivo e apresentou um superávit de 14,2 bilhões de euros, o resultado é 14% acima do registrado no mesmo período de 2009. No acumulado do ano, o superávit em conta corrente atinge 97,9 bilhões de euros, alta de 14,5% em relação ao ano passado.

Nesse momento, a Bolsa de Londres opera com queda de 0,15%, Paris com alta de 0,18%, Frankfurt com queda de 0,25%, Milão com alta de 0,93% e Madrid com alta de 0,31%.

Os mercados futuros por aqui apontam uma abertura com leve queda com o Dow Jones Futuro demonstrando baixa de 0,25% e o dólar com alta de 0,18%, cotado à R$ 1,695. O Euro opera com queda de 0,32%, cotado à R$ 2,242.

Na agenda econômica poucos indicadores hoje, apenas às 10h00 será divulgado o MBA Mortgage Applications, que mede o número de solicitações de empréstimos hipotecários e às 13h30 o Departamento de Energia dos EUA divulga o relatório semanal dos estoques de petróleo.

No campo técnico, o Ibovespa abriu em alta ontem e fechou nas mínimas, mostrando forte movimento corretivo, o que sugere novas quedas.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 07-12-10


As bolsas da Ásia fecharam em alta no dia de hoje. Parte das bolsas seguiu a orientação altista das bolsas chinesas, ignorando a queda em Wall Street na véspera. Não houve negociações na Indonésia e Malásia por ser feriado.

As bolsas de Hong Kong, Xangai e Seul fecharam em alta e o índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,67%. Com isso, a valorização acumulada do indicador no ano é de mais de 12% ante ganho de 7,5% do índice MSCI mundial, ou seja, os mercados asiáticos exceto Tóquio estão em média melhores que o resto dos mercados ao redor do mundo. A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 0,26%, exceção em meio às altas de hoje, pressionada pelo fortalecimento do iene. Pesquisa da Reuters afirma que a confiança do setor industrial japonês piorou em novembro e deve apresentar crescimento fraconos próximos meses pela valorização do iene.

No Velho Continente, os principais índices acionários europeus registram alta nesta terça-feira, em sessão marcada por agenda política carregada sobre a crise financeira, com a submissão do orçamento austero da Irlanda para 2011 ao parlamento, bem como pela reunião do conselho para assuntos econômicos e financeiros da União Europeia. Outro destaque europeu diz respeito ao encontro do conselho econômico e financeiro da União Europeia, cuja pauta traz discussões sobre reformas no sistema de previdência, bem como a implantação de medidas para estabilização econômica e taxação do sistema financeiro.

Entretanto, assim como o encontro dos ministros de finanças da Zona do Euro na véspera - Eurogrupo -, não é esperada a aprovação de novas medidas para o enfrentamento da crise financeira, após a decepção com a manutenção do tamanho de mecanismos como o EFSF (Fundo europeu de estabilização financeira). Ainda assim as ações de bancos lideram os ganhos, com a alta de 1,8% dos papéis do Royal Bank of Scotland e de 1,3% do Lloyds, ambos na bolsa de Londres.

Foi divulgado também a Produção Industrial do Reino Unido hoje, que apresentou uma queda de 0,2% no mês de outubro em relação ao mês anterior. Na comparação anual a indústria britânica teve expansão de 3,3%.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,99%, Paris com 1,8%, Frankfurt com 1,06%, Milão com 0,98% e Madrid com 0,43% de valorização.

Também ganha destaque o acordo de Obama com deputados do partido republicano para o apoio à extensão dos cortes de impostos do governo Bush, embora parte dos congressistas do partido democrata defenda a extinção das taxas. Assim, além de prorrogar o alívio no imposto de renda, o acordo deverá garantir que o imposto sobre folha de pagamentos e sobre dividendos permaneça em 15%, entre outras medidas vistas como favoráveis ao desempenho dos mercados.

Os mercados futuros ensejam um dia de alta para as bolsas aqui no ocidente hoje. O Dow Jones Futuro opera com 0,7% de alta agora pela manhã enquanto o dólar futuro apresenta queda de 0,33%, cotado à R$ 1,680.

Na agenda econômica de hoje não estão previstos indicadores importantes nos EUA, apenas às 18h00 será anunciado o índice mensal que aborda o volume total de crédito ao consumidor norte americano.

Por hora é isso. Bom dia à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 06-12-10


As bolsas da Ásia fecharam sem direção comum nesta segunda-feira em meio a uma pausa dos investidores após um rali que levou as ações da região a avançarem aos maiores níveis em três semanas.
O movimento ocorreu também após o Federal Reserve ter informado que está disposto a injetar mais dinheiro na economia.

O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia oscilação positiva de 0,03%, depois de ter avançado quase 4% na semana passada. A bolsa de Tóquio teve desvalorização de 0,11%, com empresas exportadoras como a Canon sob pressão do enfraquecimento do dólar, que se aproximou do menor nível em duas semanas contra o iene.

Já os principais índices acionários europeus operam sem tendência definida nesta segunda-feira, repercutindo as declarações de Ben Bernanke sobre a possibilidade de novos estímulos nos EUA, mas também refletindo a ansiedade relativa ao desenrolar da crise da dívida no continente.

Também cercada de grande expectativa, a reunião do Eurogrupo - fórum informal que reúne os ministros de finanças dos países da Zona do Euro - poderá trazer novidades a respeito do tamanho do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), bem como do alívio dos termos em que será aplicado o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização), apontado como um dos focos de pressão sobre os papéis da dívida de países como Espanha e Irlanda.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,03%, Paris com baixa de 0,41%, Frankfurt com 0,10% de queda, Milão e Madrid com aproximadamente 1% de queda.

Nos mercados futuros por aqui indicações de abertura com leve queda hoje, após os ganhos do final da semana passada. O Dow Jones Futuro opera com queda de 0,28% agora pela manhã enquanto o Dólar Futuro opera com alta de 0,18%, cotado à R$ 1,702. O Euro apresenta queda hoje, cotado à R$ 2,254.

A agenda econômica de hoje é fraca, apenas com alguns indicadores nacionais, ainda assim de baixo impacto no mercado. Sendo assim, o que deve guiar os mercados hoje são as especulações sobre a crise da dívida na Europa e o anúncio de que o Governo dos EUA pode anunciar novas medidas de apoio e estímulo à economia. Logo, previsão de um dia instável para os mercados, com chances de alta volatilidade.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Papai Noel não esquece de ninguém


Nessa época de final de ano é muito comum ouvir o jingle natalino “seja rico, seja pobre, o velhinho não esquece de ninguém” e no mercado financeiro não costuma ser diferente. Em circunstâncias normais dezembro costuma ser um mês calmo e rentável para os investidores, os ganhos são fáceis e os investidores apenas esperam o natal para embolsar os ganhos e colocar seus presentes embaixo da árvore de natal.

Mas este dezembro rapidamente parece que não será normal. As preocupações com a crise da dívida na Europa, decisões importantes em Washington e as medidas do Federal Reserve (FED) que devem vir pela frente, a maioria destes fatores já sentidos pelos mercados em novembro, demonstram que poderá surgir um natal amargo este ano.

Porém, ironicamente, o mês iniciou no campo positivo, surpreendendo de certa forma os investidores, já que até os últimos dias de novembro as projeções eram em sua ampla maioria pessimistas, com as esperanças num rally de fim de ano já praticamente perdidas.

Indicadores econômicos positivos na quarta-feira provocaram uma reviravolta no cenário negativo que se via até o início desta semana, e mesmo com notícias duvidosas na quinta-feira o mercado seguiu ganhando força compradora. A dinâmica de final de ano do mercado dependerá de uma série de questões, mas por enquanto a Europa é o problema mais visível para o mercado, é praticamente a única coisa que deve influenciar as bolsas até o final de 2010.

De qualquer forma a história se encontra ao lado dos mais otimistas. Se tomarmos como exemplo o índice de ações norte-americano Standard & Poor´s 500 (S&P 500) desde 1945, veremos que dezembro possui um ganho médio de 1,7% e é o mês que apresenta menos tropeços ao longo da história.

Outro fator comum presente em dezembro é que geralmente a volatilidade tende a ser significante. Ao mesmo tempo muitos investidores querem vender suas posições para aproveitar os festivos de final de ano, fundos mútuos e fundos de hedge geralmente querem segurar seus ganhos e seus bônus, trabalhando para não deixar o mercado cair muito abaixo dos níveis iniciais. Isso se explica pela simples lógica de fechar o ano no positivo, apresentando bons resultados na gestão dos recursos para os respectivos aplicadores e assim possibilitar ganhos com taxa de performance entre outros.

Portanto, ao menos que aconteça algo extraordinário que possa abalar os mercados, a maioria dos ativos já se encontra precificado do ponto de vista negativo, possibilitando assim o famoso “Santa Claus Rally”, a tão esperada alta de fim de ano.

Acreditando ou não em Papai Noel, muitas vezes parece que o mercado acredita, e por mais que demore a chegar, diz o conto que o velhinho sempre vem, mesmo que aos trancos e barrancos. Os mais avisados farão bom uso dessa estatística, já os desavisados terão que rezar para que velhinho apareça.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 02-12-10


As bolsas da Ásia seguiram os ganhos de Wall Street de ontem e fecharam em alta hoje. A bolsa de Tóquio subiu 1,81%, para o maior fechamento desde 22 de junho, com volume crescente de negócios.

O Goldman Sachs afirmou que o Nikkei vai subir 20% em relação aos níveis atuais em 2011. A instituição baseia a aposta na consideração de que o Japão continuará a afrouxar política monetária no próximo ano mesmo com aperto por parte de outros bancos centrais.

O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subiu 1,54% nesta quinta-feira, depois de tombar para o menor patamar em 2 meses na segunda-feira. A performance foi guiada pelos setores de tecnologia e matérias-primas.

Na Europa os mercados operam em alta, seguindo a recuperação de ontem ainda e com forte expectativa pela reunião do BCE (Banco Central Europeu), de onde poderão sair novas medidas para combater as incertezas que pairam sobre a Zona do Euro, mais especificamente sobre a Irlanda. Foram divulgados também agora pela manhã os preços ao produtor industrial na Zona do Euro, composta por 16 países, e que cresceram 0,4% em outubro, na comparação com o mês anterior. Nos 27 países da União Europeia (UE), o índice registrou avanço de 0,5%. No mês de setembro, o indicador teve alta de 0,3% nas duas regiões.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera com alta de 0,79%, bem como a de Paris; Frankfurt trabalha com alta de 0,3%, Milão com alta de 1,08% e Madrid com alta de 2,15%.

Os mercados futuros por aqui ensejam continuidade no movimento de alta. O Dow Jones Futuro agora opera com alta de 0,3%. O dólar futuro abriu as cotações em queda de 0,15%, à R$ 1,714.

A agenda econômica de hoje tem dois indicadores importantes, às 11h30 o Initial Jobless Claims (pedidos de auxílio desemprego) será divulgado e às 13h00 teremos o Pending Home Sales (Vendas de Imóveis Pendentes) nos EUA.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Comentário de Mercado 01-12-10

As bolsas de valores da Ásia avançaram nesta quarta-feira com dados mais fortes que o esperado de manufatura na China e crescentes sinais de que a economia americana está melhorando. Pesquisas similares também mostraram alta na atividade de manufatura na Coreia do Sul e Índia, ajudando a minimizar os temores sobre as consequências da crise de dívida da Europa depois que a agência de classificação Standard & Poor's colocou a nota de Portugal em revisão para possível redução.

O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico, com exceção do Japão, teve valorização de 1,4 %, impulsionado por ações de matérias-primas e de varejo. Enquanto isso, a bolsa de Tóquio teve valorização de 0,51% depois de tombar quase 2% na véspera.

"As pessoas estão vendo uma série de dados positivos vindos da região e olhando menos para os problemas da Zona do Euro", disse Wai Ho Leong, economista sênior do Barclays Capital, em Cingapura.

Na Europa os mercados seguem o mesmo rumo, iniciando o mês impulsionados pelo movimento de recuperação em ativos do setor financeiro. Mesmo assim, o temor sobre a crise da dívida assombra a região, porém perde valor especulativo no momento.

Foi divulgado na Europa hoje o PMI da Zona do Euro, indicador que mede a atividade manufatureira da região, que apresentou avanço no mês de novembro, com forte expansão na Alemanha e na França, contrastando com uma retração na Grécia e na Espanha.

Nesse momento Londres opera com alta de 1,34%, Paris com 0,97%, Frankfurt com 1,66%, Milão com 1,43% e Madrid com 2,68% de alta.

Nos mercados por aqui, indicações de abertura em alta hoje. Dow Jones Futuro nesse momento opera em alta de 1,06%. Dólar Futuro opera em queda de 0,52% nesse momento, cotado à R$ 1,718 e o Euro em leve alta de 0,13%, cotado à R$ 2,249.

Na agenda econômica de hoje teremos uma série de indicadores importantes, a saber:
- 10h00: MBA Mortgage Applications | Semanal
O Mortgage Bankers Association (MBA) divulga o número de solicitações de empréstimos hipotecário.
- 11h15: ADP Employment | Novembro
O indicador avalia a variação no número de postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos.
- 11h30: Productivity & Costs (Revisão) | 3º Trimestre
O indicador mede a produtividade da mão-de-obra americana, com a exclusão do setor agropecuário.
- 13h00: Construction Spending | Outubro
Indicador que revela as despesas com a atividade de construção de imóveis.
- 13h00: ISM Index | Novembro
O Institute for Supply Management mede o nível de atividade industrial nos Estados Unidos.
- 13h30: Estoques de Petróleo | Semanal
O Departamento de Energia dos Estados Unidos atualiza semanalmente o relatório sobre o nível das reservas americanas de petróleo.
- 17h00: Livro Bege | Dezembro
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulga o relatório sobre o desempenho atual da economia do país.
- 17h00: Total Auto Sales | Novembro
A indústria automotiva dos Estados Unidos apresenta os números totais da venda de veículos.

Destaque para o ADP Emplyment, ISM Index e o Livro Bege.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 30-11-2010


Os principais índices dos mercados de ações da Ásia fecharam em queda nesta terça-feira, pressionados pelo cenário de crise na Europa, além de redução de recomendações e indicadores piores que o esperado no Japão, enquanto os temores de um aperto monetário na China continuam.

No Japão, a taxa de desemprego surpreendeu negativamente as expectativas ao subir para 5,1% no último mês, contra marcação anterior de 5,0%. Por outro lado, a produção industrial apresentou contração de 1,8% em outubro, apontando para a maior queda mensal desde fevereiro de 2009.

A Bolsa de Tóquio fechou com queda de 1,87%, enquanto Shanghai teve queda de 1,62% e Hong Kong queda de 0,68%.

Na Europa, apesar de apresentar um movimento fraco, as bolsas registram leve recuperação frente às perdas registradas na últimas sessões por conta da crise da dívida da Irlanda.

Com a repercussão negativa do pacote final de ajuda à Irlanda, os mercados globais vivenciaram desempenho negativo na véspera, abrindo espaço para a atuação de investidores que buscam aproveitar a correção para buscar barganhas.

Por outro lado, tivemos a divulgação de indicadores, começando pela taxa de desemprego na Zona do Euro, que avançou 0,1 ponto percentual em outubro, atingindo 10,1%, conforme divulgou a Eurostat, agência de estatísticas da região.
Nos 27 países da União Europeia, a taxa de desemprego ficou estável em 9,6%.

Foi divulgado também o índice de preços ao consumidor (CPI, Consumer Price Index), que mede a inflação na Zona do Euro, que apresentou variação de 1,9% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em outubro, o indicador registrou a mesma taxa.

Nesse momento Londres opera com alta de 0,43%, Paris com 0,29% de alta, Frankfurt com uma alta de 0,91%, Milan com 0,04% de alta apenas e Madrid com 0,34% de alta.

Nos mercados futuros por aqui, ao que tudo indica deveremos seguir o mesmo caminho dos mercados europeus, instável porém com vistas à uma recuperação. O Dow Jones Futuro opera nesse momento com leve queda de 0,15%.

A agenda econômica para o dia de hoje está com alguns indicadores importantes, que poderão guiar os mercados ao longo do dia. Às 12h00 será divulgado o S&P Case Shiller Home Price, às 12h45 sairá o Chicago PMI, que mede a atividade manufatureira da região, às 13h00 teremos o Consumer Confidence, divulgado pelo Conference Board e às 18h00 o Consumer Confidence divulgado pela ABC e Washington Post.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Novo Tripé da Economia Brasileira


A equipe econômica Dilma Rousseff

A notícia foi divulgada ontem: a presidente eleita Dilma Rousseff definiu a equipe econômica que assumirá os cargos a partir do ano que vem. Essa notícia repercutiu positivamente no mercado, não somente aqui como no exterior também já que a atual equipe não é vista como a mais promissora, por ser conservadora demais.

A nova equipe será composta pelo atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que seguirá no cargo; por Alexandre Tombini, que substituirá Henrique Meirelles na presidência do Banco Central e por Miriam Belchior, que substituirá Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento.

O jornal britânico Financial Times, o primeiro entre os grandes veículos internacionais de informações financeiras a noticiar a confirmação oficial de que o economista Alexandre Tombini ocupará o cargo no Banco Central, destacou que ele é um dos arquitetos do sistemas de metas de inflação. Entre março de 1999 e junho de 2001, no início das metas de inflação, ele trabalhou com Armínio Fraga nos estudos sobre o sistema de metas, assim como na regulação do setor financeiro, com ênfase em risco de mercado. Essa notícia ganhou ainda mais importância depois que o Barclays, um dos maiores bancos do mundo, chegou a afirmar que o sistema de metas de inflação corria sérios riscos caso Meirelles saísse da presidência do BC.

Inicialmente o discurso da nova equipe segue sendo o de autonomia total do BC, de compromisso com corte de gastos de custeio da máquina pública, redução da dívida pública e obediência às metas de inflação. Era tudo que o mercado gostaria de ouvir.

No mercado financeiro, a notícia foi recebida com certo otimismo. Ontem, o comportamento das taxas de juros no mercado futuro da BM&FBovespa tiveram alta no curto prazo e queda no longo, o que reflete a expectativa do mercado em relação à nova equipe. Com a inflação batendo máximas a cada dia neste final de ano, acima da meta de 4,5% para este ano inclusive, o mercado acredita que a única saída emergencial será um aumento na taxa de juro básico (SELIC) no começo de 2011, abrindo espaço assim para quedas nos anos seguintes.

A Reuters organizou um evento em São Paulo onde grandes empresários se reuniram para discutir as perspectivas econômicas para o próximo governo. Alguns nomes do empresariado falaram sobre o assunto, de acordo com a Reuters:
- “Se a Dilma mantiver os pilares da política macroeconômica eu estou feliz com o Brasil nos próximos quatro anos.” Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.
- “Eu acho que ela (Dilma) vai surpreender positivamente com a seriedade com que ela vai atacar o déficit (das contas públicas).” Zeca Grabowsky, presidente da PDG Realty.
- “Não há almoço grátis. Para que as taxas de juros caiam, a política fiscal precisa ajudar.” Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco.
- “Acho que a prioridade em termos de alívio tributário deve focar em investimentos e exportações.” Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No final das contas, o que muda para o mercado como um todo?

Teoricamente a entrada de Tombini na presidência do BC muda a cara da política monetária do governo, o que é positivo, já que o atual governo só pensa em arrecadação de impostos e gastos públicos. A partir de agora a equipe econômica deverá trabalhar para reduzir os juros e terá de enfrentar a pressão dos bancos para aumentar o compulsório. Fazendo essa troca, a inflação poderá ser combatida com maior eficiência e os gastos públicos com os juros da dívida diminuirão. Quem perde e quem ganha com isso?

O lado perdedor, caso essa linha de trabalho se concretize, será o dos Bancos, os investidores em renda fixa (poupança, CDB´s, etc.) e as empresas importadoras. Quem sai ganhando com isso é a população brasileira, as empresas de capital aberto, inclusive as micro e pequenas empresas, os exportadores, o próprio governo e os investidores em renda variável; e isso sem esmiuçar toda a economia nacional, que com certeza será beneficiada caso isso se concretize.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 25-11-10


Os principais mercados asiáticos fecharam em alta nesta quinta-feira. As bolsas da região foram empurradas pelo otimismo sentido em Wall Street ontem depois de os EUA divulgarem bons indicadores econômicos, além de fatores internos de cada país.

A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,5% depois que as ações da Toyota, da TDK e de outras exportadoras subiram ante uma projeção mais promissora para os gastos dos consumidores dos EUA no fim do ano, além de uma desvalorização do iene em relação ao dólar. Hong Kong e Shanghai seguiram a mesma linha e fecharam com alta de 0,1% e 1,3% respectivamente.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou estável, recuperando as perdas sentidas ainda no início do pregão. O Índice KOSPI fechou com alta de 0,09%.

Na Europa, não foram divulgados dados importantes no dia de hoje, ficando o mercado apenas à mercê do ânimo dos investidores. Os índices Europeus seguem mistos, com Londres e Frankfurt operando em alta, 0,19% e 0,09% respectivamente, puxadas pelas empresas ligadas ao setor de commodities. Na Irlanda, a Moody´s informou hoje que colocou o rating de vários bancos do país sob perspectiva de revisão negativa. Paris, Milão e Madrid operam no campo negativo agora pela manhã, -0,44%, -1,27% e -1,14% respectivamente.

Nos mercados futuros por aqui, sinais de fraqueza no dia de hoje, após forte alta vista no pregão de ontem. Nos EUA não teremos pregão hoje devido ao feriado de Ação de Graças. A agenda de indicadores econômicos é nula hoje praticamente. Sendo assim, o mercado por aqui ficará também à mercê do humor dos investidores, muitos absorvendo ainda a notícia da nova equipe econômica para o Governo de Dilma Rousseff, que inicialmente, espera-se que traga um afrouxamento monetário, o que é positivo para o mercado acionário.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 24-11-10


As bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção comum nesta quarta-feira, após os ataques coreanos. A tensão apoiou ativos considerados seguros, como o ouro e títulos do governo japonês.

O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia queda de 0,33% no fechamento de hoje. Ganhos em Hong Kong, Xangai e Cingapura minimizaram as perdas registradas na Austrália e Coreia do Sul. "As tensões na Coreia são positivas no curto prazo para dívida, incentivando os investidores a migrarem de ativos de risco maior", afirmou Koichi Ono, estrategista na Daiwa Securities Capital Markets.

A bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 0,84%, recuando em relação ao maior nível em cinco meses e acompanhando mercados regionais após o feriado de terça-feira no Japão.

Embora marcados por instabilidade, os principais mercados acionários da Europa passam a operar em alta nesta quarta-feira, em meio à manutenção de notícias negativas para a Irlanda, cujo rating soberano foi rebaixado nesta sessão pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. A Standard & Poors rebaixou o rating para a dívida soberana de longo prazo da Irlanda em duas notas – de AA- para A – e de curto prazo – de A-1+ para A-1 -, além de apontar um cenário negativo para o país.

De indicadores, foram divulgados na Europa hoje, a confiança dos empresários na Alemanha, que inesperadamente avançou, segundo o Ifo Institute. Por outro lado, o número de novos pedidos na indústria da Zona do Euro registrou queda de 3,8% em setembro, na comparação com o mês anterior, divulgou a Eusotat nesta quarta-feira. No entanto, na base de comparação anual, houve um avanço de 13,5%. Além desses, o Reino Unido divulgou seu PIB, com alta de 0,8% no último trimestre, sem revisão sobre as estimativas anteriores. Em comparação com 2009, o PIB avançou 2,8%.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera com alta de 0,7%, Paris com 0,39% de alta, Frankfurt com 0,82% e Madrid com 0,27% de alta, ficando apenas Milão no campo negativo, com 0,2% de queda.

Por aqui, as indicações dos mercados futuros possibilitarão uma abertura em alta nos pregões hoje, após dois dias de forte queda. O Dólar Futuro opera com queda de 0,4%, cotado à R$ 1,730, enquanto o euro opera em queda de 0,65%, cotado à R$ 2,311. O Dow Jones Futuro opera em alta de 0,29%.

A agenda norte-americana vem pesada no dia de hoje, muita atenção aos indicadores do dia. Confira os dados esperados para o dia, com destaque para os Pedidos de Auxílio Desemprego, Sentimento do Consumidor e New Home Sales:

- 10h00: MBA Mortgage Applications (solicitações de empréstimos hipotecários);

- 11h30: Durable Goods Orders (pedidos de bens duráveis para a indústria);

- 11h30: Personal Income (renda individual);

- 11h30: Initial Jobless Claims (pedidos de auxílio-desemprego);

- 12h55: Michigan Sentiment (sentimento do consumidor);

- 13h00: New Home Sales (venda de imóveis novos);

- 13h30: Estoques de Petróleo.

Atenciosamente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 23-11-10


As Bolsas da Ásia fecharam em forte baixa no dia de hoje. Dois motivos estão pesando nos mercados.

O primeiro problema já sentido ontem, é a crise de dívida da Irlanda e temores de que a situação no país possa disparar uma crise maior na Zona do Euro. "Eles resolveram o problema da dívida da Grécia, estão resolvendo o problema na Irlanda, mas agora as pessoas estão se perguntando qual será o próximo... a turbulência política na Irlanda também não ajuda", disse Grant Turley, estrategista do ANZ, em Sydney.

O segundo problema foi um início de conflito entre as Coréias. O exército da Coréia do Norte disparou contra uma ilha sul-coreana nesta terça-feira matando ao menos dois soldados e ferindo 15, provocando uma reação imediata da Coréia do Sul que enviou caças de guerra F-15 e F-16 à região. Agências estatais de Seul indicam que o Norte deu início aos combates. Pyongyang nega e sustenta que tropas sul-coreanas foram as primeiras a abrir fogo.

Às 8h00 (horário de fechamento), o índice que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tinha forte queda de 2,3%. A bolsa de Tóquio não operou por feriado. As maiores quedas foram registradas nas bolsas de Hong Kong e Shanghai, que tombaram 2,67% e 1,94% respectivamente. Medidas de autoridades para resfriar o mercado imobiliário continuam a pesar sobre as bolsas da China.

No Velho Continente as bolsas também operam em queda hoje. Londres trabalha com desvalorização de 0,46%, Paris com 0,59% de queda, Frankfurt com 0,12% de queda, Milão e Madrid com 0,35% e 1,15% de queda respectivamente.

Como destaque positivo na Europa, o PMI (Índice Gerente de Compras) do setor industrial da Zona do Euro apresentou melhora, avançando para 55,5 pontos frente 54,6 pontos no mês passado. Destaque positivo para a Alemanha que teve avanço para 58,9 pontos. Na outra ponta, os temores em relação à Irlanda seguem pressionando os mercados.

Nos mercados futuros por aqui, indicações claras de abertura em queda. Nesse momento o dólar futuro opera em alta de 0,17%, cotado à R$ 1,727. O Dow Jones Futuro opera em queda de 0,51%.

Na agenda econômica de hoje residem as esperanças de uma possível virada nos mercados. Às 11h30 será divulgado o GDP (PIB) dos EUA. Às 13h00 serão divulgados o Existing Home Sales, que mede as vendas de imóveis usados nos EUA e o Richmond Fed Manufacturing, que mede a atividade manufatureira na respectiva região. No final do dia ainda será divulgado o índice de confiança do consumidor, pesquisado pela ABC News e pelo Washington Post.

Pelo campo técnico, o Ibovespa retoma o movimento descendente que foi iniciado desde o topo em 73000 e se aproxima do fundo em 68500 pontos. Se perder 68500 pontos teríamos um sinal gráfico bem consistente do ponto de vista vendedor. Por outro lado, mantendo uma visão de médio prazo e mais conservadora, visto que mercado fechou em queda junto da linha inferior do canal de alta (suporte) e que estatisticamente nos finais de ano a bolsa de valores costuma subir, o momento pode oferecer um ótimo ponto de compra tendo o nível 73.000 como objetivo técnico inicial. Outro ponto positivo e importante é que o "Stop Loss" pode ser curto, abaixo da referida linha.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 22-11-2010


As bolsas da Ásia fecharam sem rumo definido nesta segunda-feira, com o índice regional registrando alta graças ao alívio gerado nos investidores pelo acordo da Irlanda com a UE e FMI.

O ânimo em torno da Irlanda ofuscou o aperto monetário chinês de sexta-feira (19/11), quando o país elevou o depósito compulsório dos bancos para nível recorde.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão exibia valorização de 0,79%, com os investidores mais propensos a comprar papéis descontados do que acumular ações de bom desempenho recente. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,93%, máxima em cinco meses.

Na Europa, as bolsas seguem impulsionadas pela concretização de um plano de ajuda financeira à Irlanda, que ameniza os temores relacionados à crise da dívida na região.

Com o anúncio do que foi chamado de "estratégia orçamentária" para os próximos quatro anos, o governo da Irlanda comprometeu-se com reformas fiscais que levem à redução da dívida do país e à reestruturação de longo prazo do sistema financeiro local.

Nesse momento os índices por lá operam com leve alta, apenas com Milao e Madrid no campo negativo dentre as principais bolsas. Será divulgado ainda às 13h00 o índice de confianca do consumidor na Zona do Euro.

Nos mercados por aqui, tudo indica que teremos uma abertura muito próxima do 0x0 hoje. O dólar futuro está operando com leve alta de 0,03%, oscilando em torno do 0, enquanto o Dow Jones Futuro trabalha em leve alta também, mostrando dessa forma indefinição nos mercados.

A agenda econômica de hoje é meio fraca no ocidente. No Brasil será divulgada a Balanca Comercial às 11h00 e nos EUA, às 11h30 será divulgado o Chigaco National Fed Index, que mede a atividade manufatureira de Chicago.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 18-11-10


O dólar recuou contra o euro nesta quinta-feira, após a divulgação de dados da inflação abaixo do esperado nos EUA. As bolsas da Ásia se estabilizaram após oito sessões em queda.

Expectativas de que a Irlanda vai em breve ver uma solução para a sua crise de dívida ajudaram as ações, que vinham trabalhando com a incerteza sobre como a Europa lidará com os problemas irlandeses e temores de que a China poderá adotar medidas agressivas para barrar inflação. O euro e as bolsas da Ásia ganharam um respiro depois que a Irlanda concordou em trabalhar com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para criar medidas que apoiem seu abalado setor bancário.

O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subiu 1,34% enquanto o Índice Nikkei, em Tóquio, subiu 2,06%.

Na Europa os mercados operam com forte alta hoje sustentada pelas expectativas de que o governo da Irlanda aceite a ajuda de órgãos internacionais. O volume de vendas no varejo do Reino Unido cresceu 0,5% em outubro deste ano, ante o mês anterior, segundo informou nesta quinta-feira a agência de estatísticas do país.

Nesse momento Londres opera com alta de 1,35%, Paris com alta de 1,63%, Frankfurt com 1,39% de valorização, Milão com alta de 0,96% e Madrid com alta de 1,30%.

Por aqui, os mercados futuros indicam abertura com alta hoje. O Dólar Futuro opera com queda forte de 0,8%, cotado à R$ 1,717 enquanto o Dow Jones Futuro opera com alta de 0,8%.

Na agenda econômica, às 11h30 será divulgado o Initial Jobless Claims, que mede o número de pedidos de auxílio desemprego e às 13h00 será divulgado o Leading Indicators e o Philadelphia Fed Index.

No campo técnico, o IBOVESPA ontem segurou numa região de suporte importante e deverá seguir apresentando um repique.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 17-11-10


As bolsas asiáticas fecharam em baixa por temores de que a China eleve juros e após reuniões de autoridades europeias não conseguirem dar uma solução clara para combater a crise de dívida da Irlanda.

Dublin resiste à pressão para pedir ajuda financeira, embora os ministros tenham concordado em enviar uma missão conjunta da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para impedir que a crise contagie outros países.

O índice MSCI — que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico, exceto Japão, caiu 1,38% hoje. Entre os piores desempenhos, as ações em Sydney perderam 1,62%, com BHP Billiton e Rio Tinto se depreciando 2%. Os investidores temem que a China, maior mercado exportador da Austrália, esteja preparando medidas agressivas para conter a inflação, arriscando desacelerar o crescimento do país.

A bolsa de Tóquio, porém, conseguiu uma leve alta de 0,15%. Algumas companhias exportadoras, como fabricantes de automóveis, beneficiaram-se da estabilidade do iene contra o dólar.

Na Europa, as bolsas operam com leve alta nessa manhã enquanto certa recuperação frente às perdas recentes se equilibram com especulações sobre plano de ajuda do EFSF (Fundo Europeu para Estabilização Financeira) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) à Irlanda. Os temores sobre a crise da divida na região voltam ao foco dos investidores neste pregão.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera em alta de 0,04%, Paris com 0,56%, Frankfurt com 0,46%, Milão com 0,54% de alta e Madrid com 0,45% de valorização.

Nos mercados futuros por aqui indicações de abertura em alta. O Dow Jones Futuro opera com 0,21% de alta e o dólar futuro com 0,31% de queda, cotado à R$ 1,741. A agenda econômica de hoje será bem movimentada. Às 10h00 será divulgado o MBA Mortgage Applications, referente ao número de empréstimos hipotecários, às 10h30 serpa divulgado o CPI, que mede a inflação nos EUA e às 11h30 serão divulgados dois indicadores do setor de construção, o Building Permits e o Housing Starts, e o relatório de Estoques de Petróleo.

No que tange a resultados corporativos, a TAM anunciou seu balanço trimestral e este veio bem acima do esperado, ficando como possível destaque para o pregão de hoje. Destaque também para o resultado da Gafisa, que apresentou 83% de aumento no lucro líquido em comparação com o mesmo período no ano passado.

No campo técnico, o IBOVESPA perdeu ontem alguns suportes consideráveis, mostrando maior pressão vendedora no curto prazo. Suporte importante agora na região de 68500 pontos. Atenção também para o dólar, que rompeu uma resistência ontem e pode vir a mostrar novos movimentos de alta.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Silvio Santos e Boas Lições de Investimentos


Na semana passada vimos no mercado o escândalo de suspeita de fraude ocorrido com o Banco Panamericano, pertencente à família do Grupo Silvio Santos. Não vamos nos ater aqui aos detalhes desse imbróglio, somente vou citar algumas manchetes desse caso vergonhoso no setor financeiro nacional.

Após terem sido constatadas inconsistências contábeis no balanço patrimonial do banco, as quais não refletiam a real situação do banco, que possuía um rombo bilionário nas suas contas, o qual não constava nos registros contábeis. Após essa descoberta, o acionista majoritário Grupo Silvio Santos fez um aporte de capital no valor de R$ 2,5 bilhões, sendo que para isso teve que deixar todos os seus bens como garantia, junto ao Fundo Garantidor de Crédito.

Problema resolvido então? Infelizmente não. Logo nos dias seguintes, agências de classificação de risco reavaliaram seus ratings em relação ao Banco Panamericano, algumas inclusive retiraram suas notas de classificação, dizendo ser impossível dar continuidade ao monitoramento do risco do banco. Os investidores viram as ações do banco despencarem mais de 37% na semana.

Nesse momento o que está em discussão é quem vai levar a culpa pelo rombo nas contas do banco. Boatos de mercado apontam até envolvimento de pessoas ligadas ao governo e ao Banco Central, acusado inicialmente de ter sido negligente com o problema. Além dos controladores do banco, os diretores estão sendo acusados de fraude e as empresas de consultoria juntamente. Inclusive hoje, o Grupo Silvio Santos suspendeu um pagamento de R$ 1,6 mi à Deloitte, consultoria contratada pelo banco para auditar suas contas.

No final das contas o maior prejudicado nessa história acaba sendo o investidor e acionista minoritário, diga-se de passagem, “menor-otário”. Até o bom e velho Silvio Santos se disse traído, pois simplesmente investia no banco e não estava por dentro da situação real do mesmo. Porém, para manter o orgulho vivo, o empresário resolveu bancar o rombo colocando em garantia praticamente todos os seus bens, inclusive o SBT. Diz a piada que “agora sim é que a pipa do vovô não sobe mais”. Enfim, triste notícia de um lado, ótima lição de outro.

A primeira lição e mais importante disso tudo é que jamais devemos fazer como fez Silvio Santos. Por mais que você seja um mega investidor bilionário, é bom que você saiba onde está colocando seu rico dinheirinho, quem estará tomando conta dele e além de tudo, procure conhecer o seu negócio. Além do mais, como já dizia o sábio Warren Buffett, “você deve investir em uma empresa que até um imbecil consiga administrar, porque um dia desses, um imbecil o fará”.

Outra lição fica por conta das análises de investimento. Muitos economistas, analistas e investidores comentam muito a necessidade de se investir em empresas com bons fundamentos e sou obrigado a concordar com eles, porém em partes. Bons fundamentos são necessários a um investimento seguro. Porém como ter certeza se os fundamentos contábeis são confiáveis? No caso do Banco Panamericano, até ser descoberta a fraude, os fundamentos até demonstravam certa atratividade para investidores um pouco mais arrojados e vimos no que deu.

Sendo assim, ao avaliar um investimento, o mais adequado é trabalhar com outros campos de análise, não somente o fundamentalista. Mesmo sendo de muita valia, pode acabar traindo o investidor. Existem outras áreas de análise de investimentos tão competentes quanto ou até mais, a Técnica ou Grafista e a Estatística. Estas tendem a não se deixarem enganar por possíveis fraudes ou falhas nas demonstrações contábeis, trazendo mais segurança ainda aos seus investimentos.

Por último, sempre procure saber o suficiente sobre o negócio em questão, o mercado em geral e a economia, sendo o mais indicado inclusive, procurar conselhos de uma pessoa especializada no assunto e que seja de sua confiança.

Atenciosamente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 12-11-10

Os mercados asiáticos fecharam com queda acentuada no dia de hoje. A crise de débito soberano da Europa, as perdas em Wall Street, a realização de lucros e fatores internos de cada país afetaram as bolsas da região.

As ações nas Bolsas da China tiveram o maior declínio diário em mais de 14 meses, com as preocupações sobre medidas de aperto monetário por parte de Pequim e o débito soberano europeu. O Índice de Shanghai perdeu 5,2% e Taiwan fechou com queda de 1,4%. Destaque para as perdas nas ações do setor de commodities e de tecnologia.

A Bolsa de Tóquio fechou em queda, com a pressão vendedora sobre as ações dos bancos ante a incerteza em relação às regulações globais de capital. O Índice Nikkei fechou com queda de 1,4%. Hong Kong seguiu a mesma linha de fechou com queda de 1,9%.

Na Europa os mercados acionários seguem em baixa hoje, em meio aos temores sobre a dívida de alguns países do continente, os chamados PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), além das preocupações sobre um possível aperto monetário. Já o principal destaque da agenda de indicadores vem da Alemanha, que revelou ter crescido 0,7% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. No período anterior, a expansão revisada foi de 2,3%, segundo o escritório de estatísticas federal.

Neste momento Londres opera em queda de 0,45%, Paris com 1,24% de queda, Frankfurt com baixa 0,27%, Milão e Madrid com 0,06% de alta ambas.

Nos mercados futuros por aqui, indicações de abertura em queda, seguindo o humor dos mercados internacionais. O Dow Jones Futuro opera com queda de 0,45% e o Dólar Futuro com alta de 0,2% cotado à R$ 1,726.

Na agenda econômica teremos hoje a divulgação do Michigan Sentiment, às 12h55. Fora isso, o mercado deverá ser guiado por notícias ligadas à reunião do G-20 e de olho na temporada de resultados. Foi divulgado ontem o balanço da Petrobrás, que apurou lucro de R$ 8,566 bilhões no 3º trimestre, com recuperação dos preços do petróleo e aumento do volume produzido. Destaques para o dia de hoje: Gol, MMX, Banco Panamericano, Brasil Ecodiesel, Cemig, Eletrobrás, Minerva, Sabesp, Wilson Sons, entre outras.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 11-11-10

Os mercados asiáticos fecharam mistas no dia de hoje, porém com a maioria das praças trabalhando no campo positivo. A realização de lucros afetou parte das bolsas da região. Outros mercados, influenciados pela China, reagiram positivamente à alta de inflação em outubro no país asiático.

Destaque para o setor financeiro no Japão, que após rumores indicarem que na reunião do G-20 será discutida a adoção de regras menos rígidas para os bancos com operações locais, teve sua recomendação alterada pelo Deutsche Bank, passando de “market-weight” para “overweight”. O Índice Nikkei de Tóquio fechou com alta de 0,32%.

Na China, apesar da divulgação de dados importantes nesta sessão, o destaque no pregão ficou por conta da forte valorização de 7,69% das ações da PetroChina, de 5,21% da China Petroleum & Chemical Corporation e de 1,08% do Agricultural Bank of China, após a Moody’s elevar o rating da dívida estrangeira e local do país, bem como para várias empresas do setor financeiro. Foi divulgado na China hoje também uma série de indicadores, a inflação chinesa para o mês de outubro, cujo avanço de 4,4% sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo setor alimentício, cuja valorização dos preços foi de mais de 10%, surpreendeu o mercado com um avanço levemente maior que o esperado. Já a produção industrial do país cresceu 13,1% no mês de outubro, frente ao mesmo período de 2009, em linha com expectativas do mercado.

A Bolsa de Shanghai fechou com alta de 1,05% e o Índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou com alta de 0,82%.

Na Europa as bolsas operam mistas agora pela manhã, muito próximo da estabilidade, em meio às especulações sobre a reunião do G-20 e as notícias sobre a economia chinesa. Ademais, os temores de que a Irlanda tenha dificuldades para manter-se solvente voltam a pressionar os investidores, que especulam sobre a necessidade do país recorrer à ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Nesse momento Londres opera com 0,06% de queda, Paris com 0,36% de queda, Frankfurt com 0,05% de alta e Milão e Madrid com 1% de queda.

Os mercados futuros por aqui indicam abertura em queda hoje. O dólar futuro opera com alta de 0,3% nesse momento, cotado à R$ 1,720. O Dow Jones Futuro nesse momento opera com queda de 0,35%.

A agenda econômica do dia é bem fraca, apenas com alguns indicadores nacionais de pouco peso.

Nesse caso, vale a pena ficar de olho nos balanços a serem divulgados hoje, com destaque para o balanço da Petrobrás após o fechamento do mercado.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.