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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Papai Noel não esquece de ninguém
Nessa época de final de ano é muito comum ouvir o jingle natalino “seja rico, seja pobre, o velhinho não esquece de ninguém” e no mercado financeiro não costuma ser diferente. Em circunstâncias normais dezembro costuma ser um mês calmo e rentável para os investidores, os ganhos são fáceis e os investidores apenas esperam o natal para embolsar os ganhos e colocar seus presentes embaixo da árvore de natal.
Mas este dezembro rapidamente parece que não será normal. As preocupações com a crise da dívida na Europa, decisões importantes em Washington e as medidas do Federal Reserve (FED) que devem vir pela frente, a maioria destes fatores já sentidos pelos mercados em novembro, demonstram que poderá surgir um natal amargo este ano.
Porém, ironicamente, o mês iniciou no campo positivo, surpreendendo de certa forma os investidores, já que até os últimos dias de novembro as projeções eram em sua ampla maioria pessimistas, com as esperanças num rally de fim de ano já praticamente perdidas.
Indicadores econômicos positivos na quarta-feira provocaram uma reviravolta no cenário negativo que se via até o início desta semana, e mesmo com notícias duvidosas na quinta-feira o mercado seguiu ganhando força compradora. A dinâmica de final de ano do mercado dependerá de uma série de questões, mas por enquanto a Europa é o problema mais visível para o mercado, é praticamente a única coisa que deve influenciar as bolsas até o final de 2010.
De qualquer forma a história se encontra ao lado dos mais otimistas. Se tomarmos como exemplo o índice de ações norte-americano Standard & Poor´s 500 (S&P 500) desde 1945, veremos que dezembro possui um ganho médio de 1,7% e é o mês que apresenta menos tropeços ao longo da história.
Outro fator comum presente em dezembro é que geralmente a volatilidade tende a ser significante. Ao mesmo tempo muitos investidores querem vender suas posições para aproveitar os festivos de final de ano, fundos mútuos e fundos de hedge geralmente querem segurar seus ganhos e seus bônus, trabalhando para não deixar o mercado cair muito abaixo dos níveis iniciais. Isso se explica pela simples lógica de fechar o ano no positivo, apresentando bons resultados na gestão dos recursos para os respectivos aplicadores e assim possibilitar ganhos com taxa de performance entre outros.
Portanto, ao menos que aconteça algo extraordinário que possa abalar os mercados, a maioria dos ativos já se encontra precificado do ponto de vista negativo, possibilitando assim o famoso “Santa Claus Rally”, a tão esperada alta de fim de ano.
Acreditando ou não em Papai Noel, muitas vezes parece que o mercado acredita, e por mais que demore a chegar, diz o conto que o velhinho sempre vem, mesmo que aos trancos e barrancos. Os mais avisados farão bom uso dessa estatística, já os desavisados terão que rezar para que velhinho apareça.
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