terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 30-11-2010


Os principais índices dos mercados de ações da Ásia fecharam em queda nesta terça-feira, pressionados pelo cenário de crise na Europa, além de redução de recomendações e indicadores piores que o esperado no Japão, enquanto os temores de um aperto monetário na China continuam.

No Japão, a taxa de desemprego surpreendeu negativamente as expectativas ao subir para 5,1% no último mês, contra marcação anterior de 5,0%. Por outro lado, a produção industrial apresentou contração de 1,8% em outubro, apontando para a maior queda mensal desde fevereiro de 2009.

A Bolsa de Tóquio fechou com queda de 1,87%, enquanto Shanghai teve queda de 1,62% e Hong Kong queda de 0,68%.

Na Europa, apesar de apresentar um movimento fraco, as bolsas registram leve recuperação frente às perdas registradas na últimas sessões por conta da crise da dívida da Irlanda.

Com a repercussão negativa do pacote final de ajuda à Irlanda, os mercados globais vivenciaram desempenho negativo na véspera, abrindo espaço para a atuação de investidores que buscam aproveitar a correção para buscar barganhas.

Por outro lado, tivemos a divulgação de indicadores, começando pela taxa de desemprego na Zona do Euro, que avançou 0,1 ponto percentual em outubro, atingindo 10,1%, conforme divulgou a Eurostat, agência de estatísticas da região.
Nos 27 países da União Europeia, a taxa de desemprego ficou estável em 9,6%.

Foi divulgado também o índice de preços ao consumidor (CPI, Consumer Price Index), que mede a inflação na Zona do Euro, que apresentou variação de 1,9% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em outubro, o indicador registrou a mesma taxa.

Nesse momento Londres opera com alta de 0,43%, Paris com 0,29% de alta, Frankfurt com uma alta de 0,91%, Milan com 0,04% de alta apenas e Madrid com 0,34% de alta.

Nos mercados futuros por aqui, ao que tudo indica deveremos seguir o mesmo caminho dos mercados europeus, instável porém com vistas à uma recuperação. O Dow Jones Futuro opera nesse momento com leve queda de 0,15%.

A agenda econômica para o dia de hoje está com alguns indicadores importantes, que poderão guiar os mercados ao longo do dia. Às 12h00 será divulgado o S&P Case Shiller Home Price, às 12h45 sairá o Chicago PMI, que mede a atividade manufatureira da região, às 13h00 teremos o Consumer Confidence, divulgado pelo Conference Board e às 18h00 o Consumer Confidence divulgado pela ABC e Washington Post.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Novo Tripé da Economia Brasileira


A equipe econômica Dilma Rousseff

A notícia foi divulgada ontem: a presidente eleita Dilma Rousseff definiu a equipe econômica que assumirá os cargos a partir do ano que vem. Essa notícia repercutiu positivamente no mercado, não somente aqui como no exterior também já que a atual equipe não é vista como a mais promissora, por ser conservadora demais.

A nova equipe será composta pelo atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que seguirá no cargo; por Alexandre Tombini, que substituirá Henrique Meirelles na presidência do Banco Central e por Miriam Belchior, que substituirá Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento.

O jornal britânico Financial Times, o primeiro entre os grandes veículos internacionais de informações financeiras a noticiar a confirmação oficial de que o economista Alexandre Tombini ocupará o cargo no Banco Central, destacou que ele é um dos arquitetos do sistemas de metas de inflação. Entre março de 1999 e junho de 2001, no início das metas de inflação, ele trabalhou com Armínio Fraga nos estudos sobre o sistema de metas, assim como na regulação do setor financeiro, com ênfase em risco de mercado. Essa notícia ganhou ainda mais importância depois que o Barclays, um dos maiores bancos do mundo, chegou a afirmar que o sistema de metas de inflação corria sérios riscos caso Meirelles saísse da presidência do BC.

Inicialmente o discurso da nova equipe segue sendo o de autonomia total do BC, de compromisso com corte de gastos de custeio da máquina pública, redução da dívida pública e obediência às metas de inflação. Era tudo que o mercado gostaria de ouvir.

No mercado financeiro, a notícia foi recebida com certo otimismo. Ontem, o comportamento das taxas de juros no mercado futuro da BM&FBovespa tiveram alta no curto prazo e queda no longo, o que reflete a expectativa do mercado em relação à nova equipe. Com a inflação batendo máximas a cada dia neste final de ano, acima da meta de 4,5% para este ano inclusive, o mercado acredita que a única saída emergencial será um aumento na taxa de juro básico (SELIC) no começo de 2011, abrindo espaço assim para quedas nos anos seguintes.

A Reuters organizou um evento em São Paulo onde grandes empresários se reuniram para discutir as perspectivas econômicas para o próximo governo. Alguns nomes do empresariado falaram sobre o assunto, de acordo com a Reuters:
- “Se a Dilma mantiver os pilares da política macroeconômica eu estou feliz com o Brasil nos próximos quatro anos.” Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.
- “Eu acho que ela (Dilma) vai surpreender positivamente com a seriedade com que ela vai atacar o déficit (das contas públicas).” Zeca Grabowsky, presidente da PDG Realty.
- “Não há almoço grátis. Para que as taxas de juros caiam, a política fiscal precisa ajudar.” Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco.
- “Acho que a prioridade em termos de alívio tributário deve focar em investimentos e exportações.” Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No final das contas, o que muda para o mercado como um todo?

Teoricamente a entrada de Tombini na presidência do BC muda a cara da política monetária do governo, o que é positivo, já que o atual governo só pensa em arrecadação de impostos e gastos públicos. A partir de agora a equipe econômica deverá trabalhar para reduzir os juros e terá de enfrentar a pressão dos bancos para aumentar o compulsório. Fazendo essa troca, a inflação poderá ser combatida com maior eficiência e os gastos públicos com os juros da dívida diminuirão. Quem perde e quem ganha com isso?

O lado perdedor, caso essa linha de trabalho se concretize, será o dos Bancos, os investidores em renda fixa (poupança, CDB´s, etc.) e as empresas importadoras. Quem sai ganhando com isso é a população brasileira, as empresas de capital aberto, inclusive as micro e pequenas empresas, os exportadores, o próprio governo e os investidores em renda variável; e isso sem esmiuçar toda a economia nacional, que com certeza será beneficiada caso isso se concretize.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 25-11-10


Os principais mercados asiáticos fecharam em alta nesta quinta-feira. As bolsas da região foram empurradas pelo otimismo sentido em Wall Street ontem depois de os EUA divulgarem bons indicadores econômicos, além de fatores internos de cada país.

A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,5% depois que as ações da Toyota, da TDK e de outras exportadoras subiram ante uma projeção mais promissora para os gastos dos consumidores dos EUA no fim do ano, além de uma desvalorização do iene em relação ao dólar. Hong Kong e Shanghai seguiram a mesma linha e fecharam com alta de 0,1% e 1,3% respectivamente.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou estável, recuperando as perdas sentidas ainda no início do pregão. O Índice KOSPI fechou com alta de 0,09%.

Na Europa, não foram divulgados dados importantes no dia de hoje, ficando o mercado apenas à mercê do ânimo dos investidores. Os índices Europeus seguem mistos, com Londres e Frankfurt operando em alta, 0,19% e 0,09% respectivamente, puxadas pelas empresas ligadas ao setor de commodities. Na Irlanda, a Moody´s informou hoje que colocou o rating de vários bancos do país sob perspectiva de revisão negativa. Paris, Milão e Madrid operam no campo negativo agora pela manhã, -0,44%, -1,27% e -1,14% respectivamente.

Nos mercados futuros por aqui, sinais de fraqueza no dia de hoje, após forte alta vista no pregão de ontem. Nos EUA não teremos pregão hoje devido ao feriado de Ação de Graças. A agenda de indicadores econômicos é nula hoje praticamente. Sendo assim, o mercado por aqui ficará também à mercê do humor dos investidores, muitos absorvendo ainda a notícia da nova equipe econômica para o Governo de Dilma Rousseff, que inicialmente, espera-se que traga um afrouxamento monetário, o que é positivo para o mercado acionário.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 24-11-10


As bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção comum nesta quarta-feira, após os ataques coreanos. A tensão apoiou ativos considerados seguros, como o ouro e títulos do governo japonês.

O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia queda de 0,33% no fechamento de hoje. Ganhos em Hong Kong, Xangai e Cingapura minimizaram as perdas registradas na Austrália e Coreia do Sul. "As tensões na Coreia são positivas no curto prazo para dívida, incentivando os investidores a migrarem de ativos de risco maior", afirmou Koichi Ono, estrategista na Daiwa Securities Capital Markets.

A bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 0,84%, recuando em relação ao maior nível em cinco meses e acompanhando mercados regionais após o feriado de terça-feira no Japão.

Embora marcados por instabilidade, os principais mercados acionários da Europa passam a operar em alta nesta quarta-feira, em meio à manutenção de notícias negativas para a Irlanda, cujo rating soberano foi rebaixado nesta sessão pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. A Standard & Poors rebaixou o rating para a dívida soberana de longo prazo da Irlanda em duas notas – de AA- para A – e de curto prazo – de A-1+ para A-1 -, além de apontar um cenário negativo para o país.

De indicadores, foram divulgados na Europa hoje, a confiança dos empresários na Alemanha, que inesperadamente avançou, segundo o Ifo Institute. Por outro lado, o número de novos pedidos na indústria da Zona do Euro registrou queda de 3,8% em setembro, na comparação com o mês anterior, divulgou a Eusotat nesta quarta-feira. No entanto, na base de comparação anual, houve um avanço de 13,5%. Além desses, o Reino Unido divulgou seu PIB, com alta de 0,8% no último trimestre, sem revisão sobre as estimativas anteriores. Em comparação com 2009, o PIB avançou 2,8%.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera com alta de 0,7%, Paris com 0,39% de alta, Frankfurt com 0,82% e Madrid com 0,27% de alta, ficando apenas Milão no campo negativo, com 0,2% de queda.

Por aqui, as indicações dos mercados futuros possibilitarão uma abertura em alta nos pregões hoje, após dois dias de forte queda. O Dólar Futuro opera com queda de 0,4%, cotado à R$ 1,730, enquanto o euro opera em queda de 0,65%, cotado à R$ 2,311. O Dow Jones Futuro opera em alta de 0,29%.

A agenda norte-americana vem pesada no dia de hoje, muita atenção aos indicadores do dia. Confira os dados esperados para o dia, com destaque para os Pedidos de Auxílio Desemprego, Sentimento do Consumidor e New Home Sales:

- 10h00: MBA Mortgage Applications (solicitações de empréstimos hipotecários);

- 11h30: Durable Goods Orders (pedidos de bens duráveis para a indústria);

- 11h30: Personal Income (renda individual);

- 11h30: Initial Jobless Claims (pedidos de auxílio-desemprego);

- 12h55: Michigan Sentiment (sentimento do consumidor);

- 13h00: New Home Sales (venda de imóveis novos);

- 13h30: Estoques de Petróleo.

Atenciosamente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 23-11-10


As Bolsas da Ásia fecharam em forte baixa no dia de hoje. Dois motivos estão pesando nos mercados.

O primeiro problema já sentido ontem, é a crise de dívida da Irlanda e temores de que a situação no país possa disparar uma crise maior na Zona do Euro. "Eles resolveram o problema da dívida da Grécia, estão resolvendo o problema na Irlanda, mas agora as pessoas estão se perguntando qual será o próximo... a turbulência política na Irlanda também não ajuda", disse Grant Turley, estrategista do ANZ, em Sydney.

O segundo problema foi um início de conflito entre as Coréias. O exército da Coréia do Norte disparou contra uma ilha sul-coreana nesta terça-feira matando ao menos dois soldados e ferindo 15, provocando uma reação imediata da Coréia do Sul que enviou caças de guerra F-15 e F-16 à região. Agências estatais de Seul indicam que o Norte deu início aos combates. Pyongyang nega e sustenta que tropas sul-coreanas foram as primeiras a abrir fogo.

Às 8h00 (horário de fechamento), o índice que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tinha forte queda de 2,3%. A bolsa de Tóquio não operou por feriado. As maiores quedas foram registradas nas bolsas de Hong Kong e Shanghai, que tombaram 2,67% e 1,94% respectivamente. Medidas de autoridades para resfriar o mercado imobiliário continuam a pesar sobre as bolsas da China.

No Velho Continente as bolsas também operam em queda hoje. Londres trabalha com desvalorização de 0,46%, Paris com 0,59% de queda, Frankfurt com 0,12% de queda, Milão e Madrid com 0,35% e 1,15% de queda respectivamente.

Como destaque positivo na Europa, o PMI (Índice Gerente de Compras) do setor industrial da Zona do Euro apresentou melhora, avançando para 55,5 pontos frente 54,6 pontos no mês passado. Destaque positivo para a Alemanha que teve avanço para 58,9 pontos. Na outra ponta, os temores em relação à Irlanda seguem pressionando os mercados.

Nos mercados futuros por aqui, indicações claras de abertura em queda. Nesse momento o dólar futuro opera em alta de 0,17%, cotado à R$ 1,727. O Dow Jones Futuro opera em queda de 0,51%.

Na agenda econômica de hoje residem as esperanças de uma possível virada nos mercados. Às 11h30 será divulgado o GDP (PIB) dos EUA. Às 13h00 serão divulgados o Existing Home Sales, que mede as vendas de imóveis usados nos EUA e o Richmond Fed Manufacturing, que mede a atividade manufatureira na respectiva região. No final do dia ainda será divulgado o índice de confiança do consumidor, pesquisado pela ABC News e pelo Washington Post.

Pelo campo técnico, o Ibovespa retoma o movimento descendente que foi iniciado desde o topo em 73000 e se aproxima do fundo em 68500 pontos. Se perder 68500 pontos teríamos um sinal gráfico bem consistente do ponto de vista vendedor. Por outro lado, mantendo uma visão de médio prazo e mais conservadora, visto que mercado fechou em queda junto da linha inferior do canal de alta (suporte) e que estatisticamente nos finais de ano a bolsa de valores costuma subir, o momento pode oferecer um ótimo ponto de compra tendo o nível 73.000 como objetivo técnico inicial. Outro ponto positivo e importante é que o "Stop Loss" pode ser curto, abaixo da referida linha.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 22-11-2010


As bolsas da Ásia fecharam sem rumo definido nesta segunda-feira, com o índice regional registrando alta graças ao alívio gerado nos investidores pelo acordo da Irlanda com a UE e FMI.

O ânimo em torno da Irlanda ofuscou o aperto monetário chinês de sexta-feira (19/11), quando o país elevou o depósito compulsório dos bancos para nível recorde.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão exibia valorização de 0,79%, com os investidores mais propensos a comprar papéis descontados do que acumular ações de bom desempenho recente. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,93%, máxima em cinco meses.

Na Europa, as bolsas seguem impulsionadas pela concretização de um plano de ajuda financeira à Irlanda, que ameniza os temores relacionados à crise da dívida na região.

Com o anúncio do que foi chamado de "estratégia orçamentária" para os próximos quatro anos, o governo da Irlanda comprometeu-se com reformas fiscais que levem à redução da dívida do país e à reestruturação de longo prazo do sistema financeiro local.

Nesse momento os índices por lá operam com leve alta, apenas com Milao e Madrid no campo negativo dentre as principais bolsas. Será divulgado ainda às 13h00 o índice de confianca do consumidor na Zona do Euro.

Nos mercados por aqui, tudo indica que teremos uma abertura muito próxima do 0x0 hoje. O dólar futuro está operando com leve alta de 0,03%, oscilando em torno do 0, enquanto o Dow Jones Futuro trabalha em leve alta também, mostrando dessa forma indefinição nos mercados.

A agenda econômica de hoje é meio fraca no ocidente. No Brasil será divulgada a Balanca Comercial às 11h00 e nos EUA, às 11h30 será divulgado o Chigaco National Fed Index, que mede a atividade manufatureira de Chicago.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 18-11-10


O dólar recuou contra o euro nesta quinta-feira, após a divulgação de dados da inflação abaixo do esperado nos EUA. As bolsas da Ásia se estabilizaram após oito sessões em queda.

Expectativas de que a Irlanda vai em breve ver uma solução para a sua crise de dívida ajudaram as ações, que vinham trabalhando com a incerteza sobre como a Europa lidará com os problemas irlandeses e temores de que a China poderá adotar medidas agressivas para barrar inflação. O euro e as bolsas da Ásia ganharam um respiro depois que a Irlanda concordou em trabalhar com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para criar medidas que apoiem seu abalado setor bancário.

O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subiu 1,34% enquanto o Índice Nikkei, em Tóquio, subiu 2,06%.

Na Europa os mercados operam com forte alta hoje sustentada pelas expectativas de que o governo da Irlanda aceite a ajuda de órgãos internacionais. O volume de vendas no varejo do Reino Unido cresceu 0,5% em outubro deste ano, ante o mês anterior, segundo informou nesta quinta-feira a agência de estatísticas do país.

Nesse momento Londres opera com alta de 1,35%, Paris com alta de 1,63%, Frankfurt com 1,39% de valorização, Milão com alta de 0,96% e Madrid com alta de 1,30%.

Por aqui, os mercados futuros indicam abertura com alta hoje. O Dólar Futuro opera com queda forte de 0,8%, cotado à R$ 1,717 enquanto o Dow Jones Futuro opera com alta de 0,8%.

Na agenda econômica, às 11h30 será divulgado o Initial Jobless Claims, que mede o número de pedidos de auxílio desemprego e às 13h00 será divulgado o Leading Indicators e o Philadelphia Fed Index.

No campo técnico, o IBOVESPA ontem segurou numa região de suporte importante e deverá seguir apresentando um repique.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 17-11-10


As bolsas asiáticas fecharam em baixa por temores de que a China eleve juros e após reuniões de autoridades europeias não conseguirem dar uma solução clara para combater a crise de dívida da Irlanda.

Dublin resiste à pressão para pedir ajuda financeira, embora os ministros tenham concordado em enviar uma missão conjunta da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para impedir que a crise contagie outros países.

O índice MSCI — que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico, exceto Japão, caiu 1,38% hoje. Entre os piores desempenhos, as ações em Sydney perderam 1,62%, com BHP Billiton e Rio Tinto se depreciando 2%. Os investidores temem que a China, maior mercado exportador da Austrália, esteja preparando medidas agressivas para conter a inflação, arriscando desacelerar o crescimento do país.

A bolsa de Tóquio, porém, conseguiu uma leve alta de 0,15%. Algumas companhias exportadoras, como fabricantes de automóveis, beneficiaram-se da estabilidade do iene contra o dólar.

Na Europa, as bolsas operam com leve alta nessa manhã enquanto certa recuperação frente às perdas recentes se equilibram com especulações sobre plano de ajuda do EFSF (Fundo Europeu para Estabilização Financeira) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) à Irlanda. Os temores sobre a crise da divida na região voltam ao foco dos investidores neste pregão.

Nesse momento, a bolsa de Londres opera em alta de 0,04%, Paris com 0,56%, Frankfurt com 0,46%, Milão com 0,54% de alta e Madrid com 0,45% de valorização.

Nos mercados futuros por aqui indicações de abertura em alta. O Dow Jones Futuro opera com 0,21% de alta e o dólar futuro com 0,31% de queda, cotado à R$ 1,741. A agenda econômica de hoje será bem movimentada. Às 10h00 será divulgado o MBA Mortgage Applications, referente ao número de empréstimos hipotecários, às 10h30 serpa divulgado o CPI, que mede a inflação nos EUA e às 11h30 serão divulgados dois indicadores do setor de construção, o Building Permits e o Housing Starts, e o relatório de Estoques de Petróleo.

No que tange a resultados corporativos, a TAM anunciou seu balanço trimestral e este veio bem acima do esperado, ficando como possível destaque para o pregão de hoje. Destaque também para o resultado da Gafisa, que apresentou 83% de aumento no lucro líquido em comparação com o mesmo período no ano passado.

No campo técnico, o IBOVESPA perdeu ontem alguns suportes consideráveis, mostrando maior pressão vendedora no curto prazo. Suporte importante agora na região de 68500 pontos. Atenção também para o dólar, que rompeu uma resistência ontem e pode vir a mostrar novos movimentos de alta.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Silvio Santos e Boas Lições de Investimentos


Na semana passada vimos no mercado o escândalo de suspeita de fraude ocorrido com o Banco Panamericano, pertencente à família do Grupo Silvio Santos. Não vamos nos ater aqui aos detalhes desse imbróglio, somente vou citar algumas manchetes desse caso vergonhoso no setor financeiro nacional.

Após terem sido constatadas inconsistências contábeis no balanço patrimonial do banco, as quais não refletiam a real situação do banco, que possuía um rombo bilionário nas suas contas, o qual não constava nos registros contábeis. Após essa descoberta, o acionista majoritário Grupo Silvio Santos fez um aporte de capital no valor de R$ 2,5 bilhões, sendo que para isso teve que deixar todos os seus bens como garantia, junto ao Fundo Garantidor de Crédito.

Problema resolvido então? Infelizmente não. Logo nos dias seguintes, agências de classificação de risco reavaliaram seus ratings em relação ao Banco Panamericano, algumas inclusive retiraram suas notas de classificação, dizendo ser impossível dar continuidade ao monitoramento do risco do banco. Os investidores viram as ações do banco despencarem mais de 37% na semana.

Nesse momento o que está em discussão é quem vai levar a culpa pelo rombo nas contas do banco. Boatos de mercado apontam até envolvimento de pessoas ligadas ao governo e ao Banco Central, acusado inicialmente de ter sido negligente com o problema. Além dos controladores do banco, os diretores estão sendo acusados de fraude e as empresas de consultoria juntamente. Inclusive hoje, o Grupo Silvio Santos suspendeu um pagamento de R$ 1,6 mi à Deloitte, consultoria contratada pelo banco para auditar suas contas.

No final das contas o maior prejudicado nessa história acaba sendo o investidor e acionista minoritário, diga-se de passagem, “menor-otário”. Até o bom e velho Silvio Santos se disse traído, pois simplesmente investia no banco e não estava por dentro da situação real do mesmo. Porém, para manter o orgulho vivo, o empresário resolveu bancar o rombo colocando em garantia praticamente todos os seus bens, inclusive o SBT. Diz a piada que “agora sim é que a pipa do vovô não sobe mais”. Enfim, triste notícia de um lado, ótima lição de outro.

A primeira lição e mais importante disso tudo é que jamais devemos fazer como fez Silvio Santos. Por mais que você seja um mega investidor bilionário, é bom que você saiba onde está colocando seu rico dinheirinho, quem estará tomando conta dele e além de tudo, procure conhecer o seu negócio. Além do mais, como já dizia o sábio Warren Buffett, “você deve investir em uma empresa que até um imbecil consiga administrar, porque um dia desses, um imbecil o fará”.

Outra lição fica por conta das análises de investimento. Muitos economistas, analistas e investidores comentam muito a necessidade de se investir em empresas com bons fundamentos e sou obrigado a concordar com eles, porém em partes. Bons fundamentos são necessários a um investimento seguro. Porém como ter certeza se os fundamentos contábeis são confiáveis? No caso do Banco Panamericano, até ser descoberta a fraude, os fundamentos até demonstravam certa atratividade para investidores um pouco mais arrojados e vimos no que deu.

Sendo assim, ao avaliar um investimento, o mais adequado é trabalhar com outros campos de análise, não somente o fundamentalista. Mesmo sendo de muita valia, pode acabar traindo o investidor. Existem outras áreas de análise de investimentos tão competentes quanto ou até mais, a Técnica ou Grafista e a Estatística. Estas tendem a não se deixarem enganar por possíveis fraudes ou falhas nas demonstrações contábeis, trazendo mais segurança ainda aos seus investimentos.

Por último, sempre procure saber o suficiente sobre o negócio em questão, o mercado em geral e a economia, sendo o mais indicado inclusive, procurar conselhos de uma pessoa especializada no assunto e que seja de sua confiança.

Atenciosamente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 12-11-10

Os mercados asiáticos fecharam com queda acentuada no dia de hoje. A crise de débito soberano da Europa, as perdas em Wall Street, a realização de lucros e fatores internos de cada país afetaram as bolsas da região.

As ações nas Bolsas da China tiveram o maior declínio diário em mais de 14 meses, com as preocupações sobre medidas de aperto monetário por parte de Pequim e o débito soberano europeu. O Índice de Shanghai perdeu 5,2% e Taiwan fechou com queda de 1,4%. Destaque para as perdas nas ações do setor de commodities e de tecnologia.

A Bolsa de Tóquio fechou em queda, com a pressão vendedora sobre as ações dos bancos ante a incerteza em relação às regulações globais de capital. O Índice Nikkei fechou com queda de 1,4%. Hong Kong seguiu a mesma linha de fechou com queda de 1,9%.

Na Europa os mercados acionários seguem em baixa hoje, em meio aos temores sobre a dívida de alguns países do continente, os chamados PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), além das preocupações sobre um possível aperto monetário. Já o principal destaque da agenda de indicadores vem da Alemanha, que revelou ter crescido 0,7% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. No período anterior, a expansão revisada foi de 2,3%, segundo o escritório de estatísticas federal.

Neste momento Londres opera em queda de 0,45%, Paris com 1,24% de queda, Frankfurt com baixa 0,27%, Milão e Madrid com 0,06% de alta ambas.

Nos mercados futuros por aqui, indicações de abertura em queda, seguindo o humor dos mercados internacionais. O Dow Jones Futuro opera com queda de 0,45% e o Dólar Futuro com alta de 0,2% cotado à R$ 1,726.

Na agenda econômica teremos hoje a divulgação do Michigan Sentiment, às 12h55. Fora isso, o mercado deverá ser guiado por notícias ligadas à reunião do G-20 e de olho na temporada de resultados. Foi divulgado ontem o balanço da Petrobrás, que apurou lucro de R$ 8,566 bilhões no 3º trimestre, com recuperação dos preços do petróleo e aumento do volume produzido. Destaques para o dia de hoje: Gol, MMX, Banco Panamericano, Brasil Ecodiesel, Cemig, Eletrobrás, Minerva, Sabesp, Wilson Sons, entre outras.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 11-11-10

Os mercados asiáticos fecharam mistas no dia de hoje, porém com a maioria das praças trabalhando no campo positivo. A realização de lucros afetou parte das bolsas da região. Outros mercados, influenciados pela China, reagiram positivamente à alta de inflação em outubro no país asiático.

Destaque para o setor financeiro no Japão, que após rumores indicarem que na reunião do G-20 será discutida a adoção de regras menos rígidas para os bancos com operações locais, teve sua recomendação alterada pelo Deutsche Bank, passando de “market-weight” para “overweight”. O Índice Nikkei de Tóquio fechou com alta de 0,32%.

Na China, apesar da divulgação de dados importantes nesta sessão, o destaque no pregão ficou por conta da forte valorização de 7,69% das ações da PetroChina, de 5,21% da China Petroleum & Chemical Corporation e de 1,08% do Agricultural Bank of China, após a Moody’s elevar o rating da dívida estrangeira e local do país, bem como para várias empresas do setor financeiro. Foi divulgado na China hoje também uma série de indicadores, a inflação chinesa para o mês de outubro, cujo avanço de 4,4% sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo setor alimentício, cuja valorização dos preços foi de mais de 10%, surpreendeu o mercado com um avanço levemente maior que o esperado. Já a produção industrial do país cresceu 13,1% no mês de outubro, frente ao mesmo período de 2009, em linha com expectativas do mercado.

A Bolsa de Shanghai fechou com alta de 1,05% e o Índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou com alta de 0,82%.

Na Europa as bolsas operam mistas agora pela manhã, muito próximo da estabilidade, em meio às especulações sobre a reunião do G-20 e as notícias sobre a economia chinesa. Ademais, os temores de que a Irlanda tenha dificuldades para manter-se solvente voltam a pressionar os investidores, que especulam sobre a necessidade do país recorrer à ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Nesse momento Londres opera com 0,06% de queda, Paris com 0,36% de queda, Frankfurt com 0,05% de alta e Milão e Madrid com 1% de queda.

Os mercados futuros por aqui indicam abertura em queda hoje. O dólar futuro opera com alta de 0,3% nesse momento, cotado à R$ 1,720. O Dow Jones Futuro nesse momento opera com queda de 0,35%.

A agenda econômica do dia é bem fraca, apenas com alguns indicadores nacionais de pouco peso.

Nesse caso, vale a pena ficar de olho nos balanços a serem divulgados hoje, com destaque para o balanço da Petrobrás após o fechamento do mercado.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 10-11-10


Mercado asiático fechou hoje sem tendência definida, com o índice MSCI apresentando queda de 0,56%, ao passo que o índice Nikkei, de Tóquio, fechou com alta de 1,4%. O dólar teve uma leve alta hoje, atingindo a máxima desde o fim de outubro contra uma cesta de moedas, enquanto o euro ampliava queda por receios sobre os problemas de dívida soberana na zona do euro. A alta da moeda americana beneficiou as ações de empresas exportadoras em Tóquio. "O pico de julho formou uma resistência para o Nikkei e se ele conseguir encerrar um pregão acima desse nível, mais ganhos estarão no horizonte", disse Koichi Nosaka, analista de mercado na Securities Japan.

Ainda na Ásia destaque para a balança comercial da China, que apresentou um avanço no superávit em outubro. As exportações chinesas cresceram 22,9% no último mês, contribuindo para um saldo positivo de US$ 27,15 bilhões. No acumulado do ano o superávit da China atinge US$ 147,77 bilhões. O governo chinês espera atingir US$ 180 bilhões este ano.

No velho continente, as bolsas operam no vermelho agora pela manhã. Londres opera com baixa de 0,5%, Paris com queda de 0,73% e Frankfurt com queda de 0,44%. Nenhum dado de impacto foi divulgado na Europa hoje, abrindo assim algum espaço para realizações nos mercados. Apenas na França foi divulgado o CPI (inflação ao consumidor), que veio estável e dentro das expectativas dos economistas.

Nos mercados por aqui, indefinição por enquanto com perspectiva de leve queda na abertura. O Dow Jones Futuro opera estável, no 0x0. O dólar futuro opera com leve alta de 0,15%, cotado à R$ 1,710.

A agenda econômica para o dia de hoje tem indicadores de peso. Às 10h30 serão divulgados a Balança Comercial dos EUA, o Import Prices, que mede os preços de bens importados nos EUA excluindo petróleo e os Pedidos de Auxílio-desemprego. Ainda às 16h00 teremos o Treasury Budget, que mostram dados mensais do orçamento governamental.

Na área de resultados corporativos, as empresas que divulgaram seus balanços positivos foram a Equatorial Energia (EQTL3), a Copel (CPLE6) e a Providência (PRVI3). Pelo lado negativo, o Banco Panamericano (BPNM4) entrou no alvo de especuladores após o Banco Central identificar falhas no seu balanço, sugerindo uma possível quebra do banco. Porém inicialmente isso já foi sanado, após aporte de 2,5 bilhões de reais de seu acionista controlador, o Grupo Silvio Santos.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Na carona do pré-sal

Neste ano, talvez o pré-sal tenha sido o assunto mais debatido nas rodas de economistas, políticos, investidores, empresários e até mesmo do público em geral. O tão falado pré-sal atualmente remete a maioria das pessoas à Petrobrás, até por se tratar da principal do setor no Brasil e uma das maiores do mundo.

Porém quem observou as ações da Petrobrás, viu um movimento constante de quedas no ativo esse ano, seja por preocupações com o setor como um todo, como o caso de vazamento de petróleo no Golfo do México, ou por especulação política devido ao processo de capitalização demorado que o governo promoveu. Mas como já dizia John Rockfeller: "O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor negócio é uma empresa de Petróleo mal administrada".

Esse ditado se fez valer mais uma vez na semana passada, após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciar novas descobertas na Bacia de Campos. Dessa forma a Petrobrás ganhou novo fôlego na Bolsa e acumulou alta de mais de 13% nas duas últimas semanas.

Ainda em meados de outubro, o BNDES realizou um estudo onde apontou os rumos do setor de Petróleo e Gás para os próximos anos. O estudo indica que o crescimento do setor não é coisa nova e que nos últimos 10 anos o Brasil apresentou a 4ª maior taxa de crescimento na produção de petróleo e assim deve prosseguir.


Pode-se concluir, portanto, que os ventos são favoráveis para quem investe no setor. E quem ainda não investe, pode ser uma boa hora para pensar em comprar esses papéis. É bom lembrar também que não são somente os papéis específicos do setor que tem potencial, vários outros setores que trabalham junto também terão vantagens com esse fluxo de investimentos. De qualquer forma, não é motivo para investir sem tomar os devidos cuidados.

Vimos neste ano a oferta inicial da HRT Participações que atua no setor petrolífero e o papel até tem tido um desempenho bom desde a abertura do capital na bolsa. Junto com ela, estão previstos lançamentos de outras empresas como a Petrolífera QGEP, do Grupo Queiroz Galvão, a Karoon Petróleo e Gás, a Norskan e a Repsol Brasil.


Das companhias listadas na BOVESPA, o investidor pode ficar de olho na OGX Petróleo e Comgás do setor de petróleo e gás, na OSX e Lupatech do setor de máquinas e equipamentos, Log In do setor de transportes hidroviários, CSN e Usiminas do setor de metalurgia e Tenaris Confab do setor de artefatos de ferro e aço específicos.

O pré-sal é o grande fator gerador de investimentos no setor como um todo. “O pré-sal envolve dificuldades tecnológicas e logísticas em virtude da distância das reservas até a costa brasileira e de suas características geológicas. Com isso, os investimentos serão ainda maiores. Espera-se, portanto, uma aceleração do processo de ampliação dos investimentos do setor, sobretudo no segmento de exploração e produção”, diz o economista André Albuquerque Sant’Anna, responsável pelo estudo do BNDES.

Vale lembrar ainda que os investimentos nesse setor tendem a ser de longo prazo e mais duradouros, até porque depois que a Copa do Mundo e as Olimpíadas passarem, a demanda por petróleo e combustíveis provavelmente seguirá em alta.

Atenciosamente.

Obs.: Quem tiver dúvidas ou quiser saber mais à respeito do assunto ou das empresas acima estou à disposição.

Comentário de Mercado 05-11-10


Mercados asiáticos encerram em forte alta no dia de hoje com ações atreladas a commodities ajudando os mercados da região a superar a performance de outras partes do mundo. O desempenho ocorreu antes da divulgação dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos em outubro e a expectativa é de criação de 60 mil empregos no mês passado. O dado, apesar de relativamente pequeno para o país, deve marcar a primeira alta desde maio e provavelmente incentivar uma manutenção do apetite dos investidores por ativos de maior risco.

"O que a nova política de compra de ativos do Fed fez, em nossa opinião, foi adicionar confiança", disse Shane Oliver, diretor de estratégia de investimento da AMP Capital, em Sydney.

No fechamento, Tóquio anotou alta de 2,86% e o índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão operava em alta de 0,9% às 7h30 (horário de Brasília), liderado por ganhos de mais de 2% nos setores de matérias-primas e energia.

Na Europa, as bolsas operam instáveis, com leve queda em sua maioria, com destaque para a queda no volume de comércio no varejo, bem como pelo desempenho desfavorável das ações de bancos do continente. Segundo a Eurostat - órgão oficial de estatísticas da Comissão Europeia -, o volume do comércio na Zona do Euro em setembro registrou uma queda de 0,2% comparado com agosto de 2010, ao mesmo tempo em que registrou elevação 1,1% em setembro comparado com 2009.

Nesse momento, Londres opera com queda de 0,21%m Paris com queda de 0,4%, Frankfurt com 0,16% de queda, Milão e Madrid com mais de 1,5% de queda.

Nos mercados por aqui, indicações de abertura em queda hoje, após dois pregões de forte alta, dando espaço para um movimento de realização. Nesse momento o Dow Jones Futuro opera com queda de 0,2% enquanto o dólar por aqui sobe 0,45%, cotado à R$ 1,687.

Na Agenda Econômica de hoje, indicadores de peso. Às 10h30 temos uma bateria de indicadores, com Nonfarm Payrolls (número de emprego criados na economia), Hourly Earnings (relatório mensal que estima a média de remuneração por hora trabalhada) e a Unemployment Rate (taxa de desemprego). Às 12h00 será divulgado ainda o Pending Home Sales, que mede as vendas de imóveis usados. Às 17h00 ainda será divulgado o Consumer Credit, que mede o volume total de crédito ao consumidor norte americano.

No campo técnico, o IBOVESPA ontem apresentou forte alta e rompeu a resistência do ano na faixa de 72 mil pontos, fechando próximo de 73 mil pontos. Apesar de haver implicações baixistas após a última perda de suporte, a expectativa é de busca do topo histórico nos 75 mil pontos.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 04-11-10


As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, com o preço das commodities subindo depois que o Federal Reserve anunciou um novo programa de compra de bônus ontem.

No fechamento, o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia-Pacífico exceto Japão tinha alta de 1,4%, puxado pelos setores de tecnologia e commodities e em Tóquio, o índice Nikkei subiu 2,17%, impulsionado por empresas voltadas à exportação após recuo no iene.

"A compra de mais Treasuries cria expectativa de que o apetite por risco será catalisador para investimentos, particularmente corporativos", disse Sean Darby, estrategista da Nomura em Hong Kong, em nota.

No Velho Continente as bolsas também operam em alta hoje em reação à medida do Fed ontem. Seguindo a mesma linha, espera-se que tanto o BCE (Banco Central Europeu) quanto o BoE (Banco de Inglaterra) anunciem nesta quinta-feira a manutenção da política monetária em vigência, tanto em relação ao juro básico quanto aos programas de alívio quantitativo.

Na agenda econômica européia foi divulgado hoje o PMI da Zona do Euro, que mede a atividade do setor privado, que registrou em outubro o ritmo de expansão mais baixo dos últimos oito meses, porém o indicador ficou acima das estimativas preliminares. A medição veio em 53,8 pontos e a expectativa do mercado era algo em torno de 53,4 pontos. "As disparidades nas economias regionais sugerem que países periféricos, como Espanha, dão sinais de que podem voltar a cair em recessão, o que deve elevar as tensões na região e conter o crescimento econômico por algum tempo", analisa em relatório o economista chefe da Markit, Chris Williamson.

Ainda na agenda da Europa destaque também para a alta de 0,3% nos preços aos produtores industriais em setembro na Zona do Euro, a alta se refere a uma comparação com o mês de agosto de 2010, de acordo com a estatística divulgada pela Eurostat.

No cenário corporativo os destaques ficam por conta do setor bancário e de serviços financeiros.

Nos mercados por aqui, indicações de abertura em alta hoje. Os índices futuros nos EUA operam em alta de cerca de 0,5% enquanto o dólar por aqui apresenta nova queda, sendo cotado à R$ 1,691.

Na agenda econômica de hoje estão previstos o Initial Jobless Claims (10h30) que mede a quantidade de pedidos de auxílio desemprego e o Productivity & Costs, que mede a produtividade da mão-de-obra americana, com exclusão do setor agropecuário.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Comentário de Mercado 01-11-10


As bolsas da Ásia fecharam em alta no pregão de hoje após a China divulgar dados da atividade industrial, que mostraram aceleração do crescimento e aumento das pressões inflacionárias, indicando assim que os formadores da política econômica chinesa podem ter mais espaço para medidas adicionais de aperto.

"Acho que a economia em geral está claramente se tornando superaquecida", disse o economista Yu Song, do Goldman Sachs. O recente aumento da taxa de juros pelo Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês, banco central) "é um sinal útil para o mercado, mas não é suficiente", acrescentou. O economista Lu Ting, do Bank of America-Merrill Lynch, disse que as fortes leituras do PMI podem dar mais espaço para que os formuladores da política econômica deixem o yuan se valorizar e também aumentam a possibilidade de novas elevações na taxa de juros até o fim deste ano.

A Bolsa de Shanghai fechou em alta de 2,52% enquanto a Bolsa de Hong Kong fechou com 2,41% de valorização.

A exceção por lá ficou com a Bolsa de Tóquio, que fechou em queda de 0,52%, pressionada por preocupações em torno dos resultados de empresas de peso como Honda e Sumitomo.

Na Europa, os principais índices operam em alta também. A aceleração no crescimento da demanda manufatureira chinesa anima os investidores europeus. A atenção segue nessa semana focada no encontro da autoridade monetária norte-americana, que termina na quarta-feira, com expectativas de uma segunda etapa de flexibilização quantitativa. Em seguida o BoE (Banco Central da Inglaterra) e o BCE (Banco Central Europeu) farão suas próprias reuniões, que devem manter as decisões do FED em foco.

Na agenda de indicadores, destaque para o preço das casas no Reino Unido. Conforme pesquisa da Hometrack, o valor médio dos imóveis residenciais britânicos caiu 0,9% em outubro, para 156.200, marcando o maior ritmo de queda deste janeiro de 2009.

Nesse momento, Londres opera com alta de 0,36%, Paris com alta de 0,07%, Frankfurt com 0,39%, Milão com queda de 0,44% e Madrid com queda também de 0,84%.

Nos mercados por aqui, indicações de abertura em alta hoje. Nesse momento o dólar opera no campo negativo, com 0,38% de queda, cotado à R$ 1,706. O Dow Jones Futuro opera nesse momento com 0,48% de alta.

Na Agenda Econômica de hoje dados importantes são aguardados. Às 10h30 serão divulgados o Personal Spending, o Personal Income e o Personal Consumption Expenditures, basicamente conglomerando dados sobre gastos dos consumidores com bens e serviços, renda individual e gastos pessoais. Às 12h00 será divulgado o Construction Spending, que mede os gastos com a atividade de construção de imóveis e o ISM Index, que mede a atividade industrial dos EUA.

Provavelmente tenhamos um mercado fraco no dia de hoje, com pouco volume de negócios, devido ao feriado de finados amanhã (2).

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.