sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Na carona do pré-sal

Neste ano, talvez o pré-sal tenha sido o assunto mais debatido nas rodas de economistas, políticos, investidores, empresários e até mesmo do público em geral. O tão falado pré-sal atualmente remete a maioria das pessoas à Petrobrás, até por se tratar da principal do setor no Brasil e uma das maiores do mundo.

Porém quem observou as ações da Petrobrás, viu um movimento constante de quedas no ativo esse ano, seja por preocupações com o setor como um todo, como o caso de vazamento de petróleo no Golfo do México, ou por especulação política devido ao processo de capitalização demorado que o governo promoveu. Mas como já dizia John Rockfeller: "O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor negócio é uma empresa de Petróleo mal administrada".

Esse ditado se fez valer mais uma vez na semana passada, após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciar novas descobertas na Bacia de Campos. Dessa forma a Petrobrás ganhou novo fôlego na Bolsa e acumulou alta de mais de 13% nas duas últimas semanas.

Ainda em meados de outubro, o BNDES realizou um estudo onde apontou os rumos do setor de Petróleo e Gás para os próximos anos. O estudo indica que o crescimento do setor não é coisa nova e que nos últimos 10 anos o Brasil apresentou a 4ª maior taxa de crescimento na produção de petróleo e assim deve prosseguir.


Pode-se concluir, portanto, que os ventos são favoráveis para quem investe no setor. E quem ainda não investe, pode ser uma boa hora para pensar em comprar esses papéis. É bom lembrar também que não são somente os papéis específicos do setor que tem potencial, vários outros setores que trabalham junto também terão vantagens com esse fluxo de investimentos. De qualquer forma, não é motivo para investir sem tomar os devidos cuidados.

Vimos neste ano a oferta inicial da HRT Participações que atua no setor petrolífero e o papel até tem tido um desempenho bom desde a abertura do capital na bolsa. Junto com ela, estão previstos lançamentos de outras empresas como a Petrolífera QGEP, do Grupo Queiroz Galvão, a Karoon Petróleo e Gás, a Norskan e a Repsol Brasil.


Das companhias listadas na BOVESPA, o investidor pode ficar de olho na OGX Petróleo e Comgás do setor de petróleo e gás, na OSX e Lupatech do setor de máquinas e equipamentos, Log In do setor de transportes hidroviários, CSN e Usiminas do setor de metalurgia e Tenaris Confab do setor de artefatos de ferro e aço específicos.

O pré-sal é o grande fator gerador de investimentos no setor como um todo. “O pré-sal envolve dificuldades tecnológicas e logísticas em virtude da distância das reservas até a costa brasileira e de suas características geológicas. Com isso, os investimentos serão ainda maiores. Espera-se, portanto, uma aceleração do processo de ampliação dos investimentos do setor, sobretudo no segmento de exploração e produção”, diz o economista André Albuquerque Sant’Anna, responsável pelo estudo do BNDES.

Vale lembrar ainda que os investimentos nesse setor tendem a ser de longo prazo e mais duradouros, até porque depois que a Copa do Mundo e as Olimpíadas passarem, a demanda por petróleo e combustíveis provavelmente seguirá em alta.

Atenciosamente.

Obs.: Quem tiver dúvidas ou quiser saber mais à respeito do assunto ou das empresas acima estou à disposição.

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