terça-feira, 31 de agosto de 2010

Comentário de Mercado 31-08-2010


As bolsas no Oriente fecharam o dia em forte queda nesta terça-feira, empurradas pelos receios sobre a recuperação da economia norte-americana e das expectativas de fraco desempenho nos indicadores previstos para esta semana. Os investidores ignoraram o dado de consumo pessoal divulgado ontem, ligeiramente mais forte que o esperado e estão realmente focando nos dados do mercado de trabalho de agosto, que serão divulgados na sexta-feira.

O Banco do Japão deu mais amplitude a um programa de empréstimos baratos na segunda-feira após uma reunião de emergência, mas investidores viram a medida como um gesto simbólico que terá pouca influência na subida do iene.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico excluindo o Japão caía 1,13%, com ações ligadas a commodities ocasionando as maiores perdas. Em Tóquio o índice Nikkei fechou com forte baixa de 3,55%, derrubado pelos setores de tecnologia e varejo.

Ainda na Ásia, a Índia divulgou seu PIB do segundo trimestre de 2010, registrando um crescimento de 8,8%, sendo esta a melhor marca da economia indiana desde o quarto trimestre de 2007.

Já na Europa, tivemos hoje a divulgação da inflação na Zona do Euro, que apresentou desaceleração em agosto, em linha com o esperado. O índice de preços ao consumidor (CPI) teve alta de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, abaixo da taxa anual de 1,7% registrada em julho. A meta do BCE (Banco Central Europeu) é de 2% para o ano. Também foi divulgado a taxa de desemprego na Zona do Euro, que permaneceu em 10% em julho, muito próximo da máxima nos últimos 12 anos. A Alemanha e a Itália foram destaque por apresentarem queda na taxa de desemprego. Já Bélgica, Espanha, Irlanda e Eslováquia apresentaram alta relevante.

As bolsas européias nesse momento operam em queda: Londres -0,93%, Frankfurt e Milão -0,8%, Paris -1,13% e Madrid -1,33%.

O mercado financeiro brasileiro tem hoje dados importantes para conferir o ritmo da atividade econômica por aqui. O IBGE acaba de divulgar a produção industrial de julho que apresentou alta de 8,7% em comparação com o mesmo período de 2009. Na comparação mensal junho-julho teve um aumento de 0,4%.

Nos EUA, o destaque é a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed (15h00). Mas também serão divulgados o índice de atividade das empresas de Chicago (gerentes de compras) de agosto (10h45), a confiança do consumidor no mesmo mês (11h00) e o preço das residências norte-americanas em julho (10h00).

Os mercados futuros operam antes da abertura dos pregões em leve queda. Dow Jones Futuro com 0,34% de queda e IBOVESPA Futuro também. Dólar opera em alta de 0,17% cotado a R$ 1,762 e o Euro opera em alta de 0,11% cotado a US$ 1,2680.

No campo técnico, mercado fechou ontem com queda de 2,02%, aos 64.260 pontos com baixo volume de negócios. Temos como ponto importante de suporte a região de 63.500 com tolerância aos 63.200, isso ainda dentro de uma tendência altista de médio prazo.

Em meio às quedas e instabilidades do mercado ações que voltam a ganhar determinado destaque são as do setor de consumo e varejo, que já foram destaque no primeiro semestre do ano. Vale a pena ficar de olho.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Petrobrás impede embelezamento da Bolsa no final do mês


Depois do "respiro" de sexta-feira e bem na hora de embelezar as vitrines para o fechamento do mês, a Bolsa brasileira voltou à trajetória de queda neste começo da semana, perdendo mais do que as bolsas em Nova York e deixando pra trás os 65 mil pontos.

O imbróglio em torno da capitalização da Petrobras é o principal responsável por isso e o mercado, que estava "comprado" no preço de US$ 8,50 para o preço do barril da cessão onerosa para a estatal, mostrou desânimo ante as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que ainda não há consenso sobre isso no governo e de que "tudo que sair na imprensa sobre este assunto é especulação".

Com base nessas informações é que pode-se chegar à conclusão de que a Petrobrás, além de não se mostrar muito animadora aos investidores, carrega o mercado como um todo para baixo, devido ao seu tamanho e participação na bolsa brasileira.

Apesar de eu não ser um dos maiores fãs da estatal, aos poucos pode ser que estejamos chegando num bom momento de compra para a Petrobrás. O grande Buffet que o diga.

Observando os pares da Petrobrás no mercado mundial, as maiores petrolíferas, a Petrobrás está entre as empresas com maior desvalorização em questões de valor de mercado. Há pouco dias li um artigo que mostrava somente a British Petroleum (BP) abaixo da Petrobrás, pra quem não sabe, a BP foi a empresa responsável pelo desastre ocorrido no Golfo do México recentemente.

Sendo assim podemos começar a emplacar alguns ensinamentos de origem mais fundamentalista e talvez mais conservadora, mas que diminuem os riscos e aumentam as chances de sucesso consideravelmente. Quando todos estão abandonando o barco, ele fica mais leve e fica mais fácil de remar.

Longe de afirmar que a Petrobrás é atualmente o melhor investimento da bolsa, até porque acredito que não o seja, muitas outras empresas podem se beneficiar da exploração do pré-sal e até mesmo do crescimento da Petrobrás e, por serem menores que esta, podem apresentar crescimentos muito mais relevantes, consequentemente melhores rentabilidades.

Resumindo, os negócios podem estar indo mal agora, porém a partir do momento que começarem a fluir bem, não adianta querer correr atrás da manada achando que ainda vai encontrar montanhas de alimento sobrando.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 30-08-2010


As bolsas da Ásia iniciaram a semana em alta, reagindo ao discurso de sexta-feira de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve e às medidas anunciadas pelo governo japonês para conter o avanço do iene frente ao dólar e o anúncio de que o governo japonês prepara um novo plano de estímulo econômico de cerca de US$ 11bi.

"Estabelecemos um plano básico que envolve o emprego, os investimentos, a educação, a luta contra os desastres naturais nos municípios e reformas regulamentares, para criar uma maior atividade", afirmou o primeiro-ministro Naoto Kan.

No fechamento agora pela manhã o índice Nikkei, de Tóquio, apresentava alta de 1,76%, Hong Kong alta mais moderada de 0,68%, Shanghai alta de 1,61% e Sydney alta de 1,8%.

Na Europa, tivemos logo cedo também uma bateria de indicadores na esfera econômica, mais especificamente indicadores de confiança da indústria e dos consumidores. A
Confiança econômica européia atingiu seu nível mais elevado desde março de 2008 no mês de agosto, de acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia nesta segunda-feira.

Impulsionados pelo desempenho das exportações, consumidores e empresários de 16 países da Zona do Euro viram o índice que mede sua confiança na economia da região atingir 101,8 pontos, superando as expectativas de analistas.

No mês anterior, a marca atingida havia sido de 101,1 pontos, segundo dados revisados, ao passo em que a pontuação de agosto deste ano é a maior em mais de dois anos. Os maiores ganhos foram sentidos no Reino Unido e na Alemanha, país favorecido amplamente pela elevação das exportações no segundo trimestre de 2010.

Nesse momento as bolsas por lá operam mistas, com alguns índices marcando recuos, como Paris (-0,5%) e Frankfurt (-0,2%), enquanto outros marcando novas altas, como Londres (0,9%) e Madrid (0,06%).

Por aqui, teremos alguns indicadores de peso a serem divulgados nos EUA, tais quais Personal Income e Personal Spending, que avaliam a renda e os gastos dos norte-americanos, às 9h30 e às 11h30 teremos a divulgação do Dallas Fed Manufacturing, que mostra a produção manufatureira no Estado de Dallas.

Nesse momento os mercados futuros operam em leve queda nos EUA, com o Dow Jones Futuro apontando 0,2% de variação negativa. Inicialmente os mercados futuros por aqui devem seguir o mesmo rumo, ficando apenas à mercê dos indicadores às 9h30, que poderão trazer alguma volatilidade ao mercado e mudar os rumos.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Comentário de Mercado 27-08-2010


Segue a cautela no mercado. As principais bolsas asiáticas fecharam a sexta-feira sem tendência comum, mas o principal índice da região caiu em uma semana de persistentes temores sobre possível recessão nos EUA.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico com exceção do Japão apresentava desvalorização de 0,14%, pela manhã, derrubado pelo setor de tecnologia, em parte pela visão de que o fraco crescimento dos Estados Unidos irá minar a demanda por eletrônicos.

Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,95%, após um artigo afirmar que o primeiro-ministro japonês vai anunciar medidas para intervir na cotação do iene.

Na Europa, de mais importante saiu hoje o PIB do Reino Unido que registrou expansão de 1,2% no segundo trimestre deste ano ante uma alta de 1,1% na leitura preliminar, segundo a agência de estatísticas nacionais (ONS). Quando comparado ao segundo trimestre de 2009, a economia do Reino Unido apresenta crescimento de 1,7%.

Nesse momento as bolsas européias estáveis, Londres com alta de 0,1%, Paris com queda de 0,1%, Frankfurt e Milão com 0,05% de queda e Madrid com 0,2% de alta.

Por aqui, os mercados estão de olho na divulgação do PIB norte-americano, que foi revisado para baixo nessa manhã em um ponto percentual, passando de 2,4% para 1,4% de expansão em 2010. O PIB deverá ser divulgado logo mais às 9h30. Nouriel Roubini, economista famoso por ter antecipado a crise global em 2008, aposta que caso o resultado do PIB indique crescimento igual ou abaixo de 1%, os mercados acionários sofrerão forte correção.

Ainda às 11h00 teremos um discurso com o presidente do FED, Ben Bernanke, num simpósio anual do Fed do Kansas onde os temas da economia norte-americana deverão ser fortemente abordados.

O índice futuro do Dow Jones nesse momento opera com alta de 0,22% e o Ibovespa Futuro com alta de 0,27%.

No campo corporativo tivemos finalmente o anúncio do preço do barril de petróleo a ser utilizado na capitalização da Petrobrás. O Governo está decidido: caso não haja qualquer argumentação extraordinária, o barril da cessão onerosa para a Petrobras ficará em US$ 8,50. O valor está exatamente no meio entre o mínimo e o máximo sugerido nos laudos das consultorias contratadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a estatal para avaliar a área de Franco, que será cedida pela União à companhia dentro de seu processo de capitalização.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem vai embarcar nesse navio?


Uma das frases mais ouvidas em discursos de economistas e políticos, muito proferida inclusive pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é “A ordem é exporta” ou “Precisamos exportar mais”. Basicamente essa frase parte muito de fontes do próprio governo, algo que em minha opinião é um tiro no pé já que a maioria dos portos brasileiros é administrada por Governos Estaduais e pela União, isso sem falar nos aeroportos.

Bom, vamos nos ater apenas à questão portuária. Ontem saiu uma notícia informando que o Governo Federal decidiu intervir na administração de alguns portos estaduais que descumpriram regras previstas em contrato ou cuja operacionalidade tem afetado a competitividade do país. Citando os casos, a União vai retomar o controle total da concessão de cinco portos no Amazonas, incluindo Manaus, e vai aumentar sua participação nos portos de Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS), no sul do país, nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ), Vitória (ES) no sudeste e Itaqui (MA) no nordeste.

Isso mostra o quão caótica é a situação. Se a administração federal, que já não é lá aquela maravilha, detecta ineficiência nas administrações estaduais, é porque a coisa anda muito feia. Ao menos é notável que algo está sendo feito, por mais que não seja o mais adequado, mas já é uma demonstração de preocupação por parte das autoridades brasileiras.

Como base de comparação gostaria de citar casos onde a administração é casada entre pública e privada. O melhor caso disso é o Porto de Suape. De maneira breve, o fluxo de cargas só tem se elevado nos últimos tempos e é um dos portos com maior crescimento no país. Além da questão de cargas, desde a criação do Complexo Industrial Portuário, várias empresas tem se instalado na região visando benefícios fiscais e gerando empregos diretos e indiretos.

Voltando o foco um pouco para o mercado de capitais, me chama muito a atenção de uma empresa que atua nesse setor, de terminais portuários, em parcerias com a administração estatal, que é a Triunfo. Para quem não conhece, a Triunfo atua principalmente nos setores de concessão rodoviária, concessão portuária e concessão de geração de energia elétrica.

O setor da empresa que apresenta maior crescimento da margem operacional nos últimos anos é o portuário. Mês a mês a empresa divulga a movimentação de contêineres no terminal de Navegantes, onde opera, e nos últimos meses só vemos cifras de 60%, 80%, 90%, enfim, mais de 60% de crescimento em média no volume de cargas.

Isso mostra o espaço que esse setor possui para crescer no Brasil, basta ter cabeças certas no topo da cadeia. Existem ainda outras empresas do setor listadas em bolsa, porém de menor representatividade e sem bons índices de governança corporativa, o que afeta a negociação dos seus ativos na bolsa, a Triunfo é a única do setor a fazer parte do Novo Mercado, mais alto índice de governança corporativa.

Acredito que se tem uma empresa que vai embarcar e pode navegar no crescimento do Brasil essa é a Participações Triunfo, por estar focada principalmente em setores críticos para o desenvolvimento da infra-estrutura. De olho nela!

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 26/08/2010


Mercado asiático encerra o dia com os fechamentos indefinidos e em sentidos opostos.
O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão subia 0,5%, puxado pelos setores de consumo e saúde, enquanto a maior parte dos setores cíclicos, como de tecnologia, tinham alta mais contida. O índice Nikkei fechou com 0,7% de alta.

A exposição a ativos de risco só tem aumentado com as notícias e indicadores apresentados nos últimos dias. “Há sinais crescentes de desaceleração da economia global e, além disso, você tem a situação do Japão, que realmente não está exercendo a política para lidar com seus problemas econômicos", disse Kenichi Hirano, diretor operacional na Tachibana Securities.

No velho continente, os mercados operam com leve alta nesse momento basicamente impulsionadas por ações de bancos. Os créditos bancários concedidos ao setor privado na Zona do Euro registraram alta de 0,9% em julho, em um sinal da recuperação econômica do bloco de 16 países, anunciou o Banco Central Europeu.

Tivemos ainda a divulgação do PIB do Espanha que apresentou alta de 0,2%, exatamente 0,1% acima do último trimestre, porém 0,1% abaixo do segundo trimestre de 2009.

Além do setor bancário, o setor de mineração puxa algumas altas por lá. Ambos os setores impulsionados por resultados corporativos ainda de empresas de peso, tal como o banco francês Credit Agricole e a mineradora inglesa Kazakhmys.

Nesse momento Londres apresenta alta de 0,5%, Paris 0,36%, Frankfurt alta de 0,2%, Milão e Madrid sobem 0,7%.

Por aqui, os futuros abriram o dia em leve alta, basicamente zerados e nesse momento estão convertendo-se levemente para a queda. Dow Jones Futuro opera em queda de 0,1% e Ibovespa Futuro opera estável nesse momento. O dólar opera em queda de 0,2% cotado a R$ 1,763 e o euro está com alta de 0,2% cotado a 1,2690.

Como indicador importante para o dia teremos o Initial Jobless Claims, as 9h30, que mede a quantidade de pedidos de auxílio desemprego. Como os mercados futuros apresentam forte indefinição na abertura, acredito que somente após a divulgação do indicador é que teremos uma maior volatilidade e possível definição do rumo do pregão.

No campo técnico o mercado ontem deixou sinal de possível repique, ainda não confirmado, precisando de uma alta hoje para deixar um fundo. De qualquer forma, após a perda do suporte anterior em 66.000 pontos e em 65.200, o movimento sugere a busca dos 63.200 pontos como suporte mais importante.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Comentário de Mercado 25/08/2010


As principais bolsas de valores asiáticas tiveram uma quarta-feira de desvalorização, com os investidores saindo de ativos mais arriscados após divulgação de dados negativos nos Estados Unidos.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha baixa de 1,1%, pela manhã, derrubado por setores mais sensíveis aos negócios cíclicos como matérias-primas e tecnologia. O índice Nikkei de Tóquio fechou o dia com 1,66% de queda.

Na Europa, de notícias relevantes hoje temos o rebaixamento do rating da Irlanda pela agência S&P, a S&P cortou a avaliação de longo prazo do país em um grau, para AA-.

A Espanha revisou para cima a retração econômica do país. A economia da Espanha contraiu 3,7% em 2009, segundo dado revisado ante a leitura preliminar de 3,6%, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira. A revisão foi resultado de uma mudança nos dados de exportações, que caíram 11,6% no ano em vez da queda preliminar de 11,5%. As importações declinaram 17,8%, contra a divulgação anterior de baixa de 17,9%.

No campo corporativo europeu boas notícias para duas gigantes, a Heineken, com crescimento de 42% no lucro líquido e a BHP Billiton, com aumento de 116,5% no lucro líquido. Porém ainda assim não está sendo suficiente para sustentar as quedas dos índices. Londres e Paris operam em queda de 0,8%, Frankfurt em queda de 0,4%, Milão em queda de 0,59% e Madrid em queda de 1,31%.

Já aqui no Ocidente, os mercados futuros abriram em queda nesta manhã. Dow Jones Futuro em queda de 0,22% e Ibovespa Futuro em queda de 0,36%. O dólar opera em ligeira alta de 0,05% cotado a R$ 1,775. O euro opera em queda de 0,44% cotado a US$ 1,2616.

No campo da agenda econômica, teremos a divulgação dos pedidos de bens duráveis para a indústria nos EUA às 9h30, às 11h00 teremos as vendas de imóveis novos nos EUA e às 11h30 teremos a divulgação dos estoques semanais de petróleo.

Fora isso destaque ainda no campo corporativo nacional, a Cosan efetiva sua parceria com a Shell, destaque nas manchetes dos jornais desta manhã.

Por hora é isso. Bons negócios a todos!

Atenciosamente.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Comentário de Mercado 24-08-2010


As principais bolsas asiáticas encerraram o pregão desta terça-feira com desvalorização, com o índice do Japão perdendo o suporte e investidores se retraindo pela anêmica recuperação global. Às 8h00, o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha forte queda de 1,25%. Tóquio por sua vez apresentava queda de 1,33%. Apenas o índice de Shanghai apresentou pequena alta de 0,39%.

Dados recentes, particularmente nos Estados Unidos e Europa, mostraram sinais de fadiga na economia global apesar da ampliação das medidas de estímulo na maior parte dos países, levando os investidores a deixarem ativos de maior risco.

Na Europa tivemos hoje importantes indicadores divulgados, sendo eles o PIB da Alemanha e o Industrial New Orders (Pedidos à Indústria). O primeiro cresceu 2,2% no segundo trimestre deste ano, em relação aos três meses imediatamente anteriores, ficando em linha com o esperado pelos analistas do mercado. Já o número de pedidos à indústria na Zona do Euro cresceu 2,5% em relação ao trimestre anterior, vindo um pouco acima da expectativa dos analistas.

Os investidores ao redor do mundo, aguardam dados de venda de moradias existentes nos Estados Unidos, que devem mostrar uma queda de 12% em julho.

"Se o mercado imobiliário norte-americano não estiver bom agora, isso significa que a economia dos Estados Unidos não estará boa nos próximos dois ou três trimestres", disse K.C. Law, economista-chefe no Bank of Communications em Hong Kong.

Nesse momento as bolsas européias operam em queda, fortemente influenciadas pelo mercado norte-americano. Londres opera em queda de 1,10%, Frankfurt apresenta queda de 1,03%, Paris com queda de 1,47%, Milão também em queda de 1,40% e Madrid com queda de 1,64%.

Por aqui os mercados futuros operam em queda também com o Dow Jones Futuro em queda de 0,7% e o Ibovespa Futuro em queda de 0,94%.

Inicialmente tudo indica que o mercado deve perder aquele suporte tão comentado nos últimos dias, inclusive alguns analistas já nem traçam mais o cenário altista com base no fechamento de ontem. Analisando tanto o Ibovespa quanto o índice futuro, ambos perderam uma linha altista de curto prazo. Já no Dow Jones podemos notar um movimento de pivô de baixa, ou seja, está iniciando um movimento de baixa e dando espaço para novas quedas.

Fora isso, temos o “grosso” do dia às 11h00 com a divulgação do Existing Home Sales (vendas de imóveis usados) e do Richmond Fed Manufacturing (Atividade manufatureira da região de Richmond) nos EUA. Ainda por lá, teremos às 18h00 o Consumer Confidence que mostra o nível de confiança do consumidor norte-americano.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Governo tentando apagar o cigarro


Quem acompanhou as ações da Souza Cruz nesse ano, viu as mesmas se valorizarem algo em torno de 43%, isso sem falar no quesito dividendos, onde a empresa está entre as melhores pagadoras do mercado.

Analisando o ramo de atuação da empresa realmente sabemos o quanto é difícil a mesma ir mal, visto que o consumo de cigarros jamais diminuirá bruscamente num curto período de tempo e isso traz um grande conforto para a Cia. Porém se tem alguém que pode apagar a chama da Souza Cruz, ou ao menos tentar enfraquecê-la no curto prazo, é o Governo.

Foi anunciada hoje uma proposta escrita pelo deputado Tadeu Felipelli, do PMDB do Distrito Federal, que procura alterar a forma como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incide sobre os cigarros, incluindo uma nova alíquota calculada sobre o preço final do produto.

A alteração na tributação, justifica Felipelli no projeto de lei enviada para a Comissão de Desenvolvimento da Câmara, tem como objetivo desfazer um distorção do atual regime de cobrança, favorecendo o aumento da competição no segmento e ajustando os preços médios em patamar mais elevado.

Companhia
"Obviamente, qualquer notícia substancial sobre outro aumento de impostos sobre os cigarros impactaria negativamente as ações da companhia no curto prazo, um vez que ela teria que absorver o golpe inicial na elasticidade da demanda", analisa Marc Estigarribia, do Citigroup.

Contudo, ele chama atenção para outros dois pontos: é preciso saber exatamente o tamanho deste incremento e quando o repasse para os preços se dará. "Isto determinará os efeitos sobre a lucratividade no curto prazo, os múltiplos da empresa e o seu valuation".

No longo prazo, explica o analista do banco norte-americano, as perspectivas da Souza Cruz se mantém favoráveis. Com margens interessantes e política de distribuição de dividendos atrativa, a companhia é uma boa opção defensiva em um ambiente de incerteza. "Contudo, a ação está supervalorizada e não é atrativa a este preço", diz Estigarribia, explicando sua recomendação de venda.

Sendo assim, vale ficar de olho na ação, que tem atraído muitos investidores de perfil mais conservador, frente a um possível movimento de realização no curto prazo e se essa proposta for aprovada, qual o tamanho do impacto na Souza Cruz.

De qualquer forma, mesmo com algumas recomendações de venda por parte de analistas de mercado, é uma ação boa, principalmente para o perfil conservador de investimentos.

Atenciosamente.

O Segredo das ONGs


Não pretendo falar de política nesse blog, porém nosso assunto anda muito entrelaçado com o tema.

Li nesse final de semana vários artigos interessantes, divulgados pela FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), que comentam a atuação de ONGs Ambientalistas no Brasil.

Talvez não seja do conhecimento de todos também a atual, e longa, disputa na política pela renovação do Código Florestal e leis do Meio Ambiente brasileiro, mas não me agradou nada saber de um documento veiculado nos EUA e patrocinado pela Associação Nacional de Fazendeiros dos EUA entitulado "Farms here, forests there" (Fazendas aqui, florestas lá). A autora principal desse trabalho é Shari Friedman, ex-funcionária do governo Bill Clinton, quando trabalhou na Agência de Proteção Ambiental norte-americana.

Segundo o documento, "a destruição das florestas tropicais pela produção de madeira, produtos agrícolas e gado tem levado a uma dramática expansão da produção de commodities que competem diretamente com a produção americana". Desse modo, "a agricultura e as indústrias de produtos florestais dos EUA podem se beneficiar financeiramente com a conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas".

Esse documento veio à tona aqui no Brasil através de um deputado da bancada ruralista na elaboração do novo Código Florestal. Nesse cenário é explicável a atuação de ONGs, jornalistas, parlamentares, militantes "verdes" e outros inocentes úteis que desconhecem as verdadeiras intenções da política norte-americana e européia.

Assim que divulgado o relatório por aqui, várias ONGs que se apressaram em tentar desmentir, aliviar ou retratar o teor do documento "Farms here, forests there", e todas são muito bem conhecidas do público brasileiro e no final da história acabam se passando por heroínas na preservação do meio-ambiente.

Dessa forma fica fácil defender a preservação do meio-ambiente, deixando as florestas conosco e os lucros com eles, até porque o mercado de crédito de carbono ainda é muito imaturo e não possui muitas regulamentações padronizadas que realmente tragam algum benefício para quem dele quer usufruir.

Só para encerrar o assunto, em relação à preservação do meio-ambiente, o Brasil só perde para Rússia e Canadá basicamente e isso porque esses dois países tem grande parte do território coberto de neve na maior parte do tempo e quando não o está, também não serve para a prática de alguma atividade econômica.

Para quem tem suas dúvidas, basta acessar o link "http://adpartners.org/pdf/ADP_Report_052410a.pdf" e conferir o documento na íntegra. Caso o link esteja quebrado posso encaminhar o mesmo.

De qualquer forma, minha intenção com isso é apenas mostrar o quanto estamos expostos aos interesses comerciais externos e nem nos damos conta, e o mais interessante é que se trata justamente do maior negócio do Brasil atualmente, o agronegócio.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 23/08/2010


As principais bolsas asiáticas fecharam sem direção comum nesta segunda-feira, com o índice favorecido pelo setor de matérias-primas e pelos mercados do sudeste da região.

Às 8h00 (horário de Brasília), o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha ligeira alta de 0,13%. Já o índice Nikkei, de Tóquio, apresentava queda de 0,68%. Em suma, os índices asiáticos refletiram a indefinição sentida no mercado de sexta-feira ainda.

Na Europa, as bolsas operam nesse momento com uma boa alta, puxadas pelo índice Markit. A recuperação econômica da Zona do Euro moderou ligeiramente neste mês, mas as empresas estão mais otimistas sobre o futuro, segundo o dado divulgado nesta segunda.

Aqui no Ocidente, os mercados futuros operam em alta também. Nesse momento Dow Jones Futuro operam com leve alta de 0,45% enquanto o Ibovespa Futuro opera em alta de 0,47%. O dólar nesse momento apresenta ligeira queda de 0,15%, cotado à R$ 1,757 e o euro opera em alta cotado a US$ 1,2703.

Acaba de sair agora (9h30) o único indicador de maior impacto no mercado para o dia. O Chicago Fed National Activity Index, que mede basicamente a atividade econômica de Chicago e apresentou leve melhora, puxando junto os mercados futuros por aqui, porém sem fortes movimentos.

Por aqui destaque ainda para o relatório Focus do Banco Central que voltou a elevar suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano, ao passo que reduziu suas estimativas para a inflação. Agora, a mediana das estimativas das instituições consultadas pelo Banco Central dá conta de avanço de 7,10% do PIB (Produto Interno Bruto). As perspectivas para o ano que vem foram mantidas, sendo esperada expansão de 4,5% da atividade. Por sua vez, a manutenção da expectativa em relação à inflação também denota uma mudança de tom por parte das instituições consultadas pela autoridade monetária brasileira. O mercado espera que a variação do IPCA, encerre 2010 em 5,10%. Já quanto aos juros, que seguiram uma nova alta da taxa básica, nesta semana o mercado reduziu suas projeções anuais para a taxa Selic até 10,75% ao ano.

No campo técnico, o Ibovespa nesse momento começa a apresentar uma região de congestão, com patamares a serem rompidos em 66.000 pontos abaixo e 68.800 acima. Na sexta-feira, após recuperação no movimento intradiário o índice deixa um sinal com abertura para formação de fundo, que precisaria de uma alta hoje para ser confirmado. Suporte importante no curtíssimo (intradiário) em 66.900.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Arranha-céus, condomínios alto-padrão, residências populares...

Que o setor de construção e imobiliário nunca esteve tão aquecido no Brasil como atualmente não é novidade para a maioria das pessoas.

Mas mesmo sabendo disso muitos investidores relutam em focar os olhos para estas empresas na bolsa. Uns fiéis aos antigos comentários de que essas empresas são de alto risco, outros por seguirem o velho sistema de investir em Petróleo, Siderurgia e Bancos, historicamente as maiores blue chips da bolsa brasileira.

O que poucos estão enxergando é o grande potencial desse setor. Após a crise econômica de 2008 o mercado viu uma expressiva recuperação das empresas ao redor do mundo e principalmente aqui no Brasil e o setor imobiliário e de construção mostrou que possui bastante consistência e transmite credibilidade para quem busca investimentos atrativos.


Mostra disso é uma análise levantada e divulgada no jornal Brasil Econômico onde, no primeiro semestre do ano, as dez maiores companhias em valor de mercado do setor (veja quadro) tiveram uma receita de R$ 10,87 bilhões ante R$ 6,28 bilhões do mesmo período do ano anterior, em uma variação de 72,91%.

Já no que se refere a lucro líquido, o crescimento foi de 73,04%, quando as dez maiores, que valem juntas R$ 48,99 bilhões, atingiram R$ 1,75 bilhão, em junho deste ano.

Vale destacar ainda que, conforme citou o diretor de RI da Brookfield, esse crescimento expressivo no primeiro semestre não se trata mais de uma recuperação ou retomada do crescimento, mas sim um novo crescimento, um acréscimo às companhias e ao mercado.

A grande maioria das empresas do setor tem revisado suas metas e perspectivas somente para cima, isso baseando-se nos números do primeiro semestre.

Mas claro que não se pode simplesmente investir em empresa de construção de maneira afoita porque o setor está aquecido. Deve-se analisar as melhores oportunidades de acordo com os números de cada empresa, deve-se levantar informações individuais e comparar com seus pares de mercado, até porque muitas concorrem em diferentes nichos de mercado.

Sendo assim, fica aqui o recado para focar nos resultados dessas empresas e nas suas perspectivas, buscando assim algumas pechinchas na bolsa que podem apresentar um retorno muito bom num determinado prazo.

Comentário de Mercado 20/08/2010


As principais bolsas asiáticas recuaram nesta sexta-feira derrubadas pelas perdas na Austrália em meio ao risco do país ficar com o parlamento travado após as eleições do próximo sábado.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 0,9%. Na semana, contudo, o índice acumula alta de 0,3%, ainda longe de recuperar a queda de 2,9% da semana passada. O índice Nikkei, de Tóquio, fechou com queda de 1,96%. Na Ásia apenas o índice Sensex, de Bombay, fechou em alta, de 1,08%.

Os investidores em cautela encontraram respaldo para seu sentimento nos dados divulgados ontem nos EUA sobre o mercado de trabalho. "A inflação não é mais a preocupação, o foco foi desviado para toda estagnação e deflação", disse um operador de Cingapura. "A preocupação é o crescimento real e ele não parece bom".

Na Europa, a recuperação da Alemanha irá continuar no segundo semestre do ano, mas em um ritmo mais ameno conforme desacelera a demanda global, disse o Ministério das Finanças em seu relatório mensal divulgado nesta sexta-feira.

O governo terá, então, que modificar consideravelmente sua previsão oficial para a expansão deste ano, que atualmente é de 1,4%, acrescentou o documento.

Nesse momento as bolsas da Europa operam em queda, impactadas pelo mau humor do mercado ontem. Londres está em queda de 0,38%, Frankurt em queda de 0,90%, Paris e Milao queda de 1,15% e IBEX Madrid em queda de 1,47%.

Por aqui, os mercados futuros operam em queda também, Dow Jones Futuro em queda de 0,37% e IBOVESPA Futuro em queda de 0,16%. Dólar opera em alta de 0,2% cotado a R$ 1,765 e o Euro opera em queda forte de 0,89%, cotado a US$ 1,2708.

A agenda para o dia de hoje está bem fraca, não teremos mais nenhum indicador impactante. Sendo assim ficamos à mercê de notícias corporativas, foco na Petrobrás e no seu plano de capitalização e na Randon que divulgou seu balanço.

No campo técnico seguem as projeções de dias anteriores. Suporte em 65.900/ 66.000 e resistência em 68.800. IBOVESPA necessita agora de uma formação de alta, pois se esticar mais em novas quedas o cenário volta a ficar crítico.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Grécia faz a lição de casa


"Grécia cumpre condições para próxima parcela de resgate, diz UE". Essa foi uma das principais manchetes vistas nos jornais de economia hoje pela manhã.

Há poucos meses atrás, a Grécia era o estopim de uma crise na Europa que, entre outros países, estava um défitic primário muito elevado, bem acima do limite tolerado e considerado seguro pelos países do bloco do Euro. Isso acabou colocando toda a economia desses países em risco de calote, ou seja, de os governos não conseguirem honrarem suas dívidas, minando assim, a confiança dos investidores no bloco e depreciando fortemente a moeda local, o Euro.

Passado terror das notícias, as manifestações públicas diante das medidas do governo para contornar a crise, o pacote recebido do BCE (Banco Central Europeu) e após o considerável sucesso em algumas emissões de títulos públicos para captação de reservas, a Grécia hoje recebeu uma boa notícia de seus vizinhos do bloco.

A União Européia recomendou a aprovação de mais € 9 bilhões em novos empréstimos, chamando os esforços do governo para reduzir os gastos e consequentemente a dívida de impressionantes. Deste total, praticamente 70% virá de países da Zona do Euro, enquanto os outros 30% restantes partirão do FMI (Fundo Monetário Internacional).

"A Grécia conseguiu uma consolidação do orçamento público no primeiro semestre impressionante e tem conseguido avançar rapidamente com as reformas estruturais necessárias", disse o Assuntos Econômicos e Monetários da União Européia Olli Rehn.

Rehn comentou ainda que o déficit do país baixou mais rápido que o esperado. As despesas públicas foram reduzidas em 17% em relação ao primeiro semestre de 2009.

Rehn advertiu ainda que "apesar dos progressos significativos, os desafios e os riscos ainda permanecem. O principal desafio imediato ainda é o de garantir a liquidez adequada e a estabilidade financeira do setor bancário do país".

Resta agora esperar que esse progresso inicial prossiga de maneira adequada, também não se pode atropelar cada etapa do processo e colocar em risco todo esse trabalho de recuperação.

Isso traz um certo ar puro para a economia do bloco começar a respirar com mais fôlego, já que a Grécia é um dos pivôs centrais dessa crise. Mas, vale a pena deixar claro que não depende somente dela, é preciso que outros países façam sua parte também.

Para aqueles que imaginaram que a vida em bloco seria mil maravilhas está aí a prova de que não é bem assim, sempre haverá algum "irmão" com problemas e se a "família" não ajudar, todos correm o risco de acabar na sarjeta.

Comentário de Mercado 19/08/2010


As principais bolsas asiáticas subiram hoje na expectativa de que uma alta nos pedidos de financiamentos imobiliários nos Estados Unidos ajude a consolidar a vacilante recuperação econômica.

Às 7h50, o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão avançava 0,7% no fechamento da maioria dos pregões, após um dia de ganhos em Wall Street. Na bolsa de Tóquio, o Nikkei se valorizou 1,32%. Ações do setor de consumo eram as mais procuradas, refletindo o crescimento asiático mais forte em comparação a outras regiões.

O jornal japonês Daily Yomiuri divulgou que o governo do país poderá adotar novos estímulos econômicos voltados para hipotecas. Ao mesmo tempo, reportagens publicadas em diversos veículos dão conta de que o BoJ (Bank of Japan) discutirá intervenção no mercado de câmbio para enfraquecer o iene, o que impulsionaria o desempenho das empresas exportadoras.

Na Europa foi divulgado hoje os números de vendas no Varejo Britânico, que cresceram 1,3% em julho deste ano, ante o mesmo mês de 2009, segundo informou hoje a agência de estatísticas da região, o National Statistics. Na comparação mensal, o indicador registrou alta de 1,1%. Com ajuste sazonal, o volume de vendas no varejo em julho de 2010 foi 2,8% superior ao apurado em igual mês do ano passado.

O Bundesbank, banco central alemão, divulgou, em boletim na manhã desta quinta-feira, que o PIB do país deverá crescer cerca de 3% no ano, frente a última projeção que havia ficado em meros 1,9%.

Outro dado interessante no Velho Continente foi o anúncio de que a Grécia cumpriu as condições necessárias para obter a segunda parte do auxílio financeiro da Zona do Euro, de € 9 bilhões, que será paga a Atenas em setembro.

Nos EUA, agenda importante hoje, às 9h30 teremos o indicador que mede os pedidos de auxílio-desemprego. Ainda às 11h00 teremos o Leading Indicators, que é basicamente um resumo de dez índices já divulgados no país e servem como prévia para o desempenho da economia. Teremos ainda também o Philadelphia Fed Index, que mede a atividade industrial na região de mesmo nome, uma das mais importantes dos EUA.

Nesse momento os futuros norte-americanos operam em alta, com o Dow Jones Futuro em alta de 0,4%. No cenário corporativo norte-americano destaque para o anúncio do IPO (Oferta Inicial) da General Motors (GM), o que deve trazer novamente as atenções do mercado para o setor de varejo.

O IBOVESPA futuro abriu o pregão de hoje com leve queda de 0,18%. O dólar inicia o dia cotado a R$ 1,760, com leve alta e o euro opera nesse momento em leve queda cotado a US$ 1,2840.

No campo técnico as projeções seguem as mesmas. Suporte consolidado em 65.900/66.000 com resistência em 68.800.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ALL: não é trem bala mas está nos trilhos


A ALL-América Latina Logística S.A., soltou na manhã de hoje (18) um fato relevante onde a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) aprova o pedido de dispensa da exigência de manutenção do bloco de controle majoritário da ALL (ALLL11), que foi requisitado no dia 2 de junho. E o que isso significa exatamente?

Inicialmente, essa é uma condição essencial para o ingresso da empresa no Novo Mercado da BM&F Bovespa. Para aqueles que não o sabem, o Novo Mercado é o nível mais alto de governança corporativa da Bolsa Brasileira.

O ingresso no Novo Mercado ainda depende de deliberação em Assembléia Geral Extraordinária (AGE). A companhia terá que promover reforma em seu estatuto social, além de converter a totalidade de suas ações preferenciais em ações ordinárias. A empresa afirmou que adotará as medidas necessárias para negociar suas ações no Novo Mercado.

Não bastasse essa notícia recente, vimos nesse segundo trimestre um resultado positivo por parte da empresa. Alguns tópicos como crescimento do volume transportado, tanto no Brasil como na Argentina, aumento do preço médio bruto do frete ferroviário, melhora no Ebitda da empresa e Lucro Líquido acima do esperado pela redução na provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social acabam tornando as perspectivas para a empresa cada vez mais positiva.

É muito provável termos um resultado ainda melhor no segundo semestre visto que a maior parte da safra brasileira é exportada nesse período. A CONAB estima um crescimento de aproximadamente 9% para a safra brasileira este ano, aliado ainda à previsão de uma retomada na economia argentina.

Outro ponto atrativo são os investimentos futuros como a construção da extensão ferroviária entre o Alto Araguaia e Rondonópolis no Mato Grosso e projetos de parceria com empresas do setor sucroalcooleiro, no caso o Projeto Rumo.

Em recente evento com o RI da Cosan foram apresentados alguns projetos da Rumo Logística, braço logístico da Cosan em parceria com a ALL. O principal destaque ficou por conta da criação de um corredor que ligará o interior do Estado de São Paulo ao porto de Santos.

As ferrovias basicamente já existem, mas os planos são de torná-las operantes nos dois sentidos simultaneamente. Isso traria uma velocidade no transporte e uma capacidade de carga transportada bem maior que a atual.

Sendo assim, com base nessas informações vejo a ALL ganhando brilho no mercado.

Portanto, enquanto não sai o trem bala, quem manda bala nos trilhos é a ALL.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 18/08/2010


A maior parte das bolsas asiáticas subiu hoje, com o lucro de duas gigantes do varejo americano e uma oferta de aquisição de US$ 39 bilhões no setor agrícola impulsionando a confiança dos investidores, fatos estes que impulsionaram o mercado como um todo ontem.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,14% agora pela manhã, acompanhando os ganhos em Wall Street na véspera após os balanços acima do esperado de Wal-Mart Stores e Home Depot.

Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou com alta de 0,86%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,54%, Shanghai recuou 0,21% enquanto Taiwan recuou 0,09%, para 7.924 pontos. Em Seul, a bolsa sul-coreana ganhou 0,4% hoje.

Na Zona do Euro, tivemos a divulgação da atividade do setor de construção, composta por 16 países, que cresceu 2,7% em junho, ante o mês anterior. Na União Européia, o mesmo indicador avançou 3,5% na mesma base de comparação. As bolsas por lá nesse momento operam em queda em sua maioria. Londres apresenta baixa de 0,6%, Paris 0,14% de queda, Frankfurt opera estável, próximo do 0, Milão em queda de 0,3% e o Índice IBEX Madrid 0,15% de queda.

Aqui no Ocidente tivemos logo pela manhã a divulgação de indicadores nos EUA. O número de solicitações de empréstimos hipotecários nos Estados Unidos avançou 13% na semana encerrada no dia 13 de agosto, com ajustes sazonais, em relação à semana anterior. Já o índice de refinanciamento teve acréscimo de 17,1% ante a semana anterior, caracterizando o maior nível desde a semana encerrada em 15 de maio de 2009.

Neste momento os índices futuros em NY operam com leve alta, Dow Jones Futuro com 0,12% de alta. O IBOVESPA Futuro opera com queda de 0,41%. O dólar opera também em queda de 0,25%, cotado a R$ 1,757 enquanto o euro opera estável, cotado a US$ 1,2881.
Vale a pena ficar de olho nessa divergência mercados x dólar pois geralmente eles tendem a se contrapor e nesse momento tanto IBOVESPA quanto dólar estão em queda.

No campo técnico, basicamente o suporte nosso em 66.000 pontos foi consolidado e agora o IBOVESPA tem como teste inicial os 68.800.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fim da Bateria de Resultados


Há algumas semanas havia comentado com colegas de mercado que em julho seria muito provável que tivéssemos alguma reação por parte das bolsas ao redor do mundo. Motivo? Basicamente resultados corporativos.

Se observarmos o histórico das bolsas ano após ano veremos que se trata de um movimento comum. E por que isso ocorre? É simples. Mesmo em anos de crise como em 2008, em que o mercado vinha em franca queda, pudemos notar um movimento de lateralização, com leves repiques e o mercado se segurando nesse período entre julho e agosto. Por mais que dados econômicos estejam negativos e não tão alentadores ao mercado, se os resultados trimestrais das empresas são positivos, o mercado reage positivamente.

O mercado é psicologicamente altista, ou seja, por mais que tenhamos analistas e investidores apostando na queda, em sua maioria todos esperam alta no longo prazo.

Esse ano não foi diferente, mercado vinha em um movimento forte de realização de abril para cá e em meados de junho começou a ganhar força altista, já antecipando os resultados das empresas, que em sua maioria tinham expectativa positiva.

Um exemplo clássico disso está sendo o pregão de hoje (17/08). Enquanto indicadores econômicos nos EUA não vieram muito animadores, empresas como Wal-Mart, Home Depot e Carlsberg apresentam fortes resultados trimestrais. Isso anima os investidores e mostra que apesar de macroeconomicamente estarmos com as pernas fracas, as empresas estão trabalhando à todo vapor.

Com base nisso tudo, fica o alerta a partir de agora. Os resultados trimestrais estão chegando ao fim. Agora somente próximo do final do ano teremos nova bateria de resultados, estamos à mercê das economias mundias, dados sobre balança comercial, produção industrial, mercado de trabalho, políticas cambiais, enfim, o cenário macroeconômico volta a pesar com mais força nos mercados.

Portanto, vamos ficar com os olhos bem abertos e manter a cautela frente essa alta do mercado baseada em resultados. Podemos ter ainda alguns fatores extra-mercado, como dados específicos de empresas grandes, tal qual a novela Petrobrás, em torno da sua capitalização, e também das eleições.

Vale a pena lembrar, por mais que tenhamos bons resultados hoje, o mercado sempre tenta projetar o futuro, e ele é imediatista. Qualquer sinal, por menor que seja, de que as coisas não estão tão bem quanto imaginamos, os rumos podem se alterar rapidamente.

Atenciosamente.

Comentário de Mercado 17/08/2010

As principais bolsas da Ásia fecharam o pregão de hoje em alta ainda motivadas pelo fechamento estável em Wall Street no pregão de ontem. Às 8h00 (horário de Brasília), o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia-Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,7%, enquanto Tóquio fechava em queda de 0,38%.

No Velho Continente tivemos a divulgacao de alguns indicadores econômicos importantes, destaque para Espanha, Alemanha e Reino Unido. Foram divulgados dados conta corrente na Zona do Euro, dados estes que vieram positivos numa análise global, tanto que os mercados operam em alta, Londres em alta de 0,83%, Frankfurt e Paris 1,08% de alta, Milao 0,67% de alta e Madrid com 0,5% de alta também.

O déficit em conta corrente da Zona Euro caiu em junho a € 4,6 bilhões, após um déficit de € 7,4 bilhões em maio, segundo os dados provisórios do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, os dados provisórios podem ser corrigidos, em alguns casos consideravelmente. Como exemplo, o BCE elevou o cálculo do déficit em maio, que passou de € 5,6 bilhões a € 7,4 bilhões. Destaque negativo para a Espanha que teve seu déficit aumentado em 45,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda na Europa, no Reino Unido foi divulgado o índice de inflação que teve desaceleração e veio em linha com o esperado por analistas e na Alemanha foi divulgado o índice de confiança dos investidores, que veio bem abaixo do esperado, isso mostra uma preocupação maior com a desaceleração econômica global.

Por aqui temos uma agenda cheia hoje. Acaba de sair agora as 9h30 o Building Permits, índice mensal que mede as permissões para novas construções e o Housing Starts, que mede a construção de novas casas, ambos os dados vieram positivos porém um pouco abaixo do esperado pelos analistas. Também foi divulgado o PPI (Producer Price Index), mais importante indicador de inflação dos EUA, que apresentou alta de 0,2% em julho, 0,1% acima do esperado pelos analistas.

Às 10h15 teremos a divulgação da Produção Industrial nos EUA e da Capacidade Utilizada pela Indústria. Ainda às 18h00 teremos a divulgação do índice de confiança do consumidor nos EUA, divulgado pela ABC News e pelo Washington Post.

Os índices futuros operam em leve alta por enquanto, mesmo com dados não tão positivos o mercado segue subindo. Dow Jones Futuro operando em alta de mais de 0,5% e IBOVESPA Futuro operando com leve alta de aproximadamente 0,5% também. O dólar opera no campo negativo, cotado a R$ 1,756 e o euro opera no campo positivo cotado a US$ 1,2866.

Por hora o mercado dá mostras de que seguirá seu rumo na alta, apesar de lento. De qualquer forma segurou o suporte em 65900/66000 até o momento. Vale a pena ficar de olho nesse patamar. Acima disso deve prosseguir na alta.

Bons negócios a todos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sujeito de sorte?


Investidor lucra R$ 1 mi com direito de subscrição da Tam

Brasil Econômico - Por Felipe Frisch/Bloomberg News

Um investidor da Tam, que possuía direitos de subscrição de ações do aumento de capital de 30 de julho, pode ter ganho mais de R$ 1 milhão após a compra da empresa brasleira pela chilena Lan Airlines.

O papel, negociado sob o código TAMM1 na BM&F Bovespa, dá direito ao seu detentor de subscrever a ação da Tam a R$ 25,69 até 31 de agosto e valia R$ 0,11 na manhã de sexta-feira (13).

Em apenas um negócio, às 14h31, um investidor comprou 109.500 papéis a este preço, o que totalizou pouco mais de R$ 12 mil, de acordo com dados da Bloomberg.

O anúncio da compra aconteceu minutos antes do fechamento do mercado na sexta-feira.

No fim daquele dia, este papel valia R$ 8, e, hoje, às 12h25, este mesmo direito de subscrição era negociado a R$ 11,13.

Assim, o bloco de 109.500 papéis comprados na sexta-feira valia às 12h25 cerca de R$ 1,2 milhão, um ganho de mais de cem vezes o valor pago na sexta-feira.

O número de negócios com o direito de subscrição da Tam deu um salto na sexta-feira.

No dia em que começaram a ser negociados, 4 de agosto, giraram 7.800 papéis.

Na sexta-feira, foram mais de 2 milhões de direitos que trocaram de mãos, o mesmo volume que giraram as ações ordinárias da Vale, o nono papel mais negociado do Ibovespa.

Comentário de Mercado 16/07/2010



Bom dia,

As bolsas da Ásia fecharam em baixa, reagindo a dados e fatores locais, como a performance econômica japonesa. Alguns mercados tiveram um dia de alta, focados na recuperação da economia da China. O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia-Pacífico exceto Japão tinha perda de 0,36% pela manhã, depois de cair 2,9% na semana passada.

Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,61% depois que dados econômicos mostraram um cenário ruim para a economia, fomentando receios de que a recuperação está perdendo força e tirando investidores de ativos de maior risco. A economia japonesa cresceu somente 0,1% no trimestre até junho, muito abaixo do 0,6% esperado por analistas, com as exportações crescendo moderadamente e o consumo perdendo força.

O fechamento também ficou negativo para a bolsa de Sydney, em queda de 0,35% e para a bolsa de Seul, com queda de 0,17%. Na outra ponta tivemos Shanghai com alta de 2,11%, Bombay com 0,52% de alta e Hong Kong também em alta, de 0,19%.

Na Europa não temos muitos indicadores hoje, apenas o fechamento da inflação na Zona do Euro, que registrou alta de 1,7% em julho, maior nível desde novembro de 2008. As bolsas da região operavam em alta até a divulgação do PIB japonês, passando a operar no campo negativo.

A bolsa de Londres opera nesse momento com 0,38% de queda, Frankfurt com 0,34% de queda, Paris com 0,95% de queda enquanto Milão e Madrid com mais de 1% de queda.

Por aqui, no ocidente, teremos três indicadores nos EUA, sendo que o de maior peso será divulgado agora às 9h30, o Empire State Manufacturing Index, que mede a atividade manufatureira no Estado de New York. Este indicador poderá trazer alguma volatilidade aos mercados.

Teremos ainda as 10h00 a divulgação do fluxo de capitais nos EUA e as 14h00 o NAHB Housing Market, que revela a venda de imóveis e a expectativa para novas construções.

Nesse momento o Índice Futuro do Dow Jones opera em queda de 0,25%. O Índice Futuro do IBOVESPA segue o mesmo caminho e também apresenta queda de 0,25%. O dólar opera em queda cotado a R$ 1,777, enquanto o euro trabalha em alta cotado a US$ 1,2815.

Na esfera técnica, o IBOVESPA possui forte suporte na região de 65900 / 66000 pontos que foi respeitado na semana passada, apresentando um repique e fechando aos 66264 pontos. Caso esse movimento de alta se confirme com apenas um repique de queda, o suporte volta a ser testado e o índice deverá buscar os 63200 inicialmente. Somente com uma alta mais convincente hoje para animar os compradores.

Por hora é só. Bons negócios a todos!

Att.



Este é um serviço exclusivamente informativo. Trata-se de um resumo e de um apanhado geral de notícias extraídas de jornais e relatórios de análise de profissionais certificados. As análises não consistem em recomendações de investimentos financeiros. As cotações contidas nesta newsletter representam o momento em que o material foi produzido. O autor não se responsabiliza pelos resultados de decisões tomadas com base neste informativo.