quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ALL: não é trem bala mas está nos trilhos


A ALL-América Latina Logística S.A., soltou na manhã de hoje (18) um fato relevante onde a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) aprova o pedido de dispensa da exigência de manutenção do bloco de controle majoritário da ALL (ALLL11), que foi requisitado no dia 2 de junho. E o que isso significa exatamente?

Inicialmente, essa é uma condição essencial para o ingresso da empresa no Novo Mercado da BM&F Bovespa. Para aqueles que não o sabem, o Novo Mercado é o nível mais alto de governança corporativa da Bolsa Brasileira.

O ingresso no Novo Mercado ainda depende de deliberação em Assembléia Geral Extraordinária (AGE). A companhia terá que promover reforma em seu estatuto social, além de converter a totalidade de suas ações preferenciais em ações ordinárias. A empresa afirmou que adotará as medidas necessárias para negociar suas ações no Novo Mercado.

Não bastasse essa notícia recente, vimos nesse segundo trimestre um resultado positivo por parte da empresa. Alguns tópicos como crescimento do volume transportado, tanto no Brasil como na Argentina, aumento do preço médio bruto do frete ferroviário, melhora no Ebitda da empresa e Lucro Líquido acima do esperado pela redução na provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social acabam tornando as perspectivas para a empresa cada vez mais positiva.

É muito provável termos um resultado ainda melhor no segundo semestre visto que a maior parte da safra brasileira é exportada nesse período. A CONAB estima um crescimento de aproximadamente 9% para a safra brasileira este ano, aliado ainda à previsão de uma retomada na economia argentina.

Outro ponto atrativo são os investimentos futuros como a construção da extensão ferroviária entre o Alto Araguaia e Rondonópolis no Mato Grosso e projetos de parceria com empresas do setor sucroalcooleiro, no caso o Projeto Rumo.

Em recente evento com o RI da Cosan foram apresentados alguns projetos da Rumo Logística, braço logístico da Cosan em parceria com a ALL. O principal destaque ficou por conta da criação de um corredor que ligará o interior do Estado de São Paulo ao porto de Santos.

As ferrovias basicamente já existem, mas os planos são de torná-las operantes nos dois sentidos simultaneamente. Isso traria uma velocidade no transporte e uma capacidade de carga transportada bem maior que a atual.

Sendo assim, com base nessas informações vejo a ALL ganhando brilho no mercado.

Portanto, enquanto não sai o trem bala, quem manda bala nos trilhos é a ALL.

Atenciosamente.

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