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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Quem vai embarcar nesse navio?
Uma das frases mais ouvidas em discursos de economistas e políticos, muito proferida inclusive pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é “A ordem é exporta” ou “Precisamos exportar mais”. Basicamente essa frase parte muito de fontes do próprio governo, algo que em minha opinião é um tiro no pé já que a maioria dos portos brasileiros é administrada por Governos Estaduais e pela União, isso sem falar nos aeroportos.
Bom, vamos nos ater apenas à questão portuária. Ontem saiu uma notícia informando que o Governo Federal decidiu intervir na administração de alguns portos estaduais que descumpriram regras previstas em contrato ou cuja operacionalidade tem afetado a competitividade do país. Citando os casos, a União vai retomar o controle total da concessão de cinco portos no Amazonas, incluindo Manaus, e vai aumentar sua participação nos portos de Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS), no sul do país, nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ), Vitória (ES) no sudeste e Itaqui (MA) no nordeste.
Isso mostra o quão caótica é a situação. Se a administração federal, que já não é lá aquela maravilha, detecta ineficiência nas administrações estaduais, é porque a coisa anda muito feia. Ao menos é notável que algo está sendo feito, por mais que não seja o mais adequado, mas já é uma demonstração de preocupação por parte das autoridades brasileiras.
Como base de comparação gostaria de citar casos onde a administração é casada entre pública e privada. O melhor caso disso é o Porto de Suape. De maneira breve, o fluxo de cargas só tem se elevado nos últimos tempos e é um dos portos com maior crescimento no país. Além da questão de cargas, desde a criação do Complexo Industrial Portuário, várias empresas tem se instalado na região visando benefícios fiscais e gerando empregos diretos e indiretos.
Voltando o foco um pouco para o mercado de capitais, me chama muito a atenção de uma empresa que atua nesse setor, de terminais portuários, em parcerias com a administração estatal, que é a Triunfo. Para quem não conhece, a Triunfo atua principalmente nos setores de concessão rodoviária, concessão portuária e concessão de geração de energia elétrica.
O setor da empresa que apresenta maior crescimento da margem operacional nos últimos anos é o portuário. Mês a mês a empresa divulga a movimentação de contêineres no terminal de Navegantes, onde opera, e nos últimos meses só vemos cifras de 60%, 80%, 90%, enfim, mais de 60% de crescimento em média no volume de cargas.
Isso mostra o espaço que esse setor possui para crescer no Brasil, basta ter cabeças certas no topo da cadeia. Existem ainda outras empresas do setor listadas em bolsa, porém de menor representatividade e sem bons índices de governança corporativa, o que afeta a negociação dos seus ativos na bolsa, a Triunfo é a única do setor a fazer parte do Novo Mercado, mais alto índice de governança corporativa.
Acredito que se tem uma empresa que vai embarcar e pode navegar no crescimento do Brasil essa é a Participações Triunfo, por estar focada principalmente em setores críticos para o desenvolvimento da infra-estrutura. De olho nela!
Atenciosamente.
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