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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O Segredo das ONGs
Não pretendo falar de política nesse blog, porém nosso assunto anda muito entrelaçado com o tema.
Li nesse final de semana vários artigos interessantes, divulgados pela FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), que comentam a atuação de ONGs Ambientalistas no Brasil.
Talvez não seja do conhecimento de todos também a atual, e longa, disputa na política pela renovação do Código Florestal e leis do Meio Ambiente brasileiro, mas não me agradou nada saber de um documento veiculado nos EUA e patrocinado pela Associação Nacional de Fazendeiros dos EUA entitulado "Farms here, forests there" (Fazendas aqui, florestas lá). A autora principal desse trabalho é Shari Friedman, ex-funcionária do governo Bill Clinton, quando trabalhou na Agência de Proteção Ambiental norte-americana.
Segundo o documento, "a destruição das florestas tropicais pela produção de madeira, produtos agrícolas e gado tem levado a uma dramática expansão da produção de commodities que competem diretamente com a produção americana". Desse modo, "a agricultura e as indústrias de produtos florestais dos EUA podem se beneficiar financeiramente com a conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas".
Esse documento veio à tona aqui no Brasil através de um deputado da bancada ruralista na elaboração do novo Código Florestal. Nesse cenário é explicável a atuação de ONGs, jornalistas, parlamentares, militantes "verdes" e outros inocentes úteis que desconhecem as verdadeiras intenções da política norte-americana e européia.
Assim que divulgado o relatório por aqui, várias ONGs que se apressaram em tentar desmentir, aliviar ou retratar o teor do documento "Farms here, forests there", e todas são muito bem conhecidas do público brasileiro e no final da história acabam se passando por heroínas na preservação do meio-ambiente.
Dessa forma fica fácil defender a preservação do meio-ambiente, deixando as florestas conosco e os lucros com eles, até porque o mercado de crédito de carbono ainda é muito imaturo e não possui muitas regulamentações padronizadas que realmente tragam algum benefício para quem dele quer usufruir.
Só para encerrar o assunto, em relação à preservação do meio-ambiente, o Brasil só perde para Rússia e Canadá basicamente e isso porque esses dois países tem grande parte do território coberto de neve na maior parte do tempo e quando não o está, também não serve para a prática de alguma atividade econômica.
Para quem tem suas dúvidas, basta acessar o link "http://adpartners.org/pdf/ADP_Report_052410a.pdf" e conferir o documento na íntegra. Caso o link esteja quebrado posso encaminhar o mesmo.
De qualquer forma, minha intenção com isso é apenas mostrar o quanto estamos expostos aos interesses comerciais externos e nem nos damos conta, e o mais interessante é que se trata justamente do maior negócio do Brasil atualmente, o agronegócio.
Atenciosamente.
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