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quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Comentário de Mercado 08-09-2010
Pressionados pelo clima de cautela com o cenário econômico na Zona do Euro, os principais índices acionários norte-americanos fecharam a sessão desta terça-feira em queda. Nem mesmo o anúncio de Barack Obama na véspera sobre a proposta de criação de um programa de investimentos de US$ 50 bilhões na infra-estrutura de transportes no país foi suficiente para amenizar as perdas do dia. Dow Jones fechou em queda de 1,03% no pregão de ontem.
Preocupações sobre os bancos europeus ressurgiram na terça-feira quando o Wall Street Journal publicou que algumas grandes instituições subavaliaram ativos de dívidas potencialmente arriscadas de governos durante os "testes de estresse" realizados para avaliar a capacidade dos bancos de enfrentar crises. Segundo a matéria, os bancos do continente europeu, especificamente os franceses mas também o britânico Barclays, preencheram os formulários dos testes de estresse de maneira escusa, omitindo grande parcela de sua exposição à dívida pública de alguns países do continente, como Grécia e Espanha.
Na Ásia, as bolsas fecharam o pregão de hoje em queda também, com os grandes exportadores do Japão registrando as maiores perdas diante da alta do iene frente ao dólar para nova máxima em 15 anos. A bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 2,2%, com os setores de equipamentos elétricos, varejo e veículos tendo os maiores pesos sobre o índice Nikkei. O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão registrava queda de 0,54%.
Os índices de referência das bolsas européias operam em instabilidade, em mais um pregão marcado por forte desvalorização dos papéis no setor financeiro. Apesar de não demonstrar confiança, nesse momento as bolsas por lá estão em sua maioria apresentando uma leve alta. Londres opera com alta de 0,2%, Paris 0,6% de alta, Frankfurt e Milão com 0,4% de alta e Madrid 0,52%.
Na agenda de indicadores econômicos, destaque para os preços de imóveis no Reino Unido, que avançaram pelo segundo mês consecutivo em agosto, ao registrar alta de 0,2%, ante previsão expectativa de queda de 0,5%. Já as exportações na Alemanha registraram uma queda de 2,2% na passagem mensal, o que pode "sinalizar o final do 'milagre de crescimento alemão'", afirmaram os analistas do banco Société Générale.
Nos mercados futuros por aqui, descorrelação. Enquanto os mercados futuros norte-americanos operam em leve alta nesse momento, por aqui o índice Futuro do Ibovespa opera em forte queda, impactando ainda a queda no mercado acionário mundial vista ontem. Nesse momento temos o IBOVESPA Futuro com queda de 0,85% e o Dow Jones Futuro em alta de 0,3%. O dólar opera em alta de 0,1%, cotado à R$ 1,737. O Euro opera estável cotado à US$ 1,2698.
Na agenda econômica de hoje, foi divulgado o número de solicitações de empréstimos hipotecários nos Estados Unidos que recuou 1,5% na semana encerrada no dia 3 de setembro, com ajustes sazonais, em relação à semana anterior. Fora isso, temos apenas às 15h00 o Livro Bege, onde o Federal Reserve divulga o relatório sobre o desempenho atual da economia do país. Às 16h00 será divulgado um índice mensal que aborda o crédito ao consumidor nos EUA e às 18h00 teremos o índice de confiança ao consumidor.
Por hora é isso. Tenham todos um bom dia!
Atenciosamente.
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