quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Comentário de Mercado 01-09-2010


Os mercados asiáticos fecharam o pregão desta quarta-feira em alta impulsionados por boas notícias na China e Austrália. Inicialmente os mercados abriram em alta puxados por setores específicos, porém a alta ganhou força depois que foram divulgados o Índice HSBC na China, que mede a atividade manufatureira no país e apresentou a maior marca dos últimos três meses, e do crescimento da economia na Austrália, que veio bem acima do esperado pelos analistas, 1,2% em relação ao primeiro trimestre, o maior em três anos.

Às 7h45 o índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão subia 1,88%, com destaque para papéis ligados a commodities. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,17%, com o setor de tecnologia se recuperando da acentuada baixa da véspera. Em Sydney, o mercado australiano subiu 2,08%, maior alta diária desde o início de julho.

Na Europa, tivemos a divulgação do índice de atividade manufatureira na região do Euro (PMI) às 5h00, que atingiu 55,1 pontos em agosto, ante 56,7 no mês anterior. Apesar do recuo na expansão, o índice se manteve acima das expectativas, que projetavam uma desaceleração para 55 pontos. Destaque positivo para França e Alemanha que mantiveram os avanços na atividade manufatureira e seguem acima do marco de 50 pontos pelo 11º mês consecutivo.

Ainda na Europa, o governo alemão adotou nesta quarta-feira um plano de austeridade de € 80 bilhões (aproximadamente US$ 100 bilhões) até 2010 para sanear as finanças públicas, abaladas pela crise européia. O plano adotado pelo conselho de ministros prevê cortes nos gastos sociais, em particular na indenização aos desempregados de muito tempo ou no auxílio aos pais.

As bolsas na Europa nesse momento operam em alta, Londres 1,42%, Frankfurt 1,17%, Paris 1,95% e Milão e Madrid com 1,4%.

Os mercados futuros por aqui iniciaram o dia em alta. Acaba de ser divulgado nos EUA o ADP Employment, que avalia a variação nos postos de trabalho no setor privado, e apresentou um corte de 10 mil vagas, bem abaixo do esperado pelos analistas e economistas. Ainda na agenda econômica temos para hoje às 11h00 o Construction Spending, que avalia os gastos com o setor de construção nos EUA e o ISM Index que mede o nível da atividade na indústria norte-americana. Às 11h30 teremos também a divulgação dos estoques de petróleo.

Aqui no Brasil, atenção para a divulgação da Balança Comercial mensal às 11h00 e destaque maior para a decisão do COPOM. O Comitê de Política Monetária anuncia o novo patamar da taxa básica de juro Selic, atualmente em 10,75% ao ano, após o fechamento do pregão. A expectativa do mercado é de manutenção da taxa.

Destaque também no campo corporativo para a Petrobrás. Após várias datas, estipuladas tanto pelo ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, quanto pela ministra-chefe da Casa Civil, Eurenice Guerra, criou-se a expectativa de que o preço será divulgado após reunião do Conselho Nacional de Política Energética, prevista para essa quarta-feira.

Nesse momento os mercados futuros operam em alta, pouco impactados pela notícia negativa do mercado de trabalho norte-americano. Dow Jones Futuro opera em alta de mais de 1%, basicamente tal qual o IBOVESPA Futuro. O dólar nesse momento apresenta queda de 0,7%, cotado à R$ 1,754 enquanto o euro opera em alta de 1,3%, cotado à US$ 1,2826.

No campo técnico, apesar da alta volatilidade, ficar de olho na região de 63.500/200 caso o mercado perca as mínimas dos últimos dias. Porém acredito que a preocupação para o dia não seja esta. Inicialmente os mercado deverão prosseguir em alta após as mínimas dos últimos dias.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

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