sexta-feira, 18 de março de 2011

Comentário de Mercado 18-03-11

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira após a reunião do G-7 ontem, onde foi decidido que as economias participantes intervirão no mercado cambial japonês pela primeira vez em mais de uma década. O Japão comprou bilhões de dólares para conter a alta do iene hoje e operadores de mercado notaram também intervenções no mercado por parte de bancos centrais europeus.

"Vai haver um grande efeito ressoando no mercado", disse Kathy Lien, diretor de pesquisa cambial do GFT em Nova York. "Porque o único tipo de intervenção que realmente funciona é a intervenção coordenada, e isso mostra a solidariedade de todos os bancos centrais em termos da gravidade da situação no Japão."

O Índice Nikkei, de Tóquio, encerrou o pregão com significativa alta de 2,7%, acumulando na semana mais de 10% de perdas. Hong Kong apresentou leve alta de 0,07%. Shanghai alta de 0,33%, após o Banco Central da China decidir elevar a taxa de depósito compulsório em 0,5%. Taiwan fechou com alta de 1,35%, Seul com alta de 1,1% e Sydney alta de 1,67%. No campo negativo apenas o Índice Sensex, da Índia, com queda de 1,49%.

Na Europa os principais índices seguem o movimento positivo do mercado, repercutindo a intervenção no câmbio anunciada pelo G-7 para auxiliar o Japão. Na agenda de indicadores, segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da Comissão Européia, em janeiro deste ano o déficit externo da Zona do Euro foi de € 14,8 bilhões. Por sua vez, o BCE (Banco Central Europeu) divulgou que o saldo negativo de conta corrente para o mesmo grupo de países caiu de € 12,5 bilhões para € 700 milhões entre dezembro e janeiro passados.

Nesse momento a bolsa de Londres opera com alta de 0,59%, Paris com alta de 0,96%, Frankfurt com alta de 0,61%, Milão com alta de 0,27% e Madrid com queda de 0,16%.

Por aqui os mercados apontam para uma abertura em alta. O Dow Jones Futuro opera com alta de 0,71% ao passo que o Ibovespa opera com alta de 0,85% de alta também. O Dólar opera com queda de 0,5%, cotado a R$ 1,676 enquanto o euro opera com leve alta negociado a R$ 2,367.

A agenda de indicadores hoje é vazia. O destaque para o dia fica por conta da repercussão da reunião do G-7 e os olhares dos investidores começam a retornar sobre os conflitos no norte da África e Oriente Médio, principalmente na Líbia e no Bahrein. Em relação a Gaddafi, na Líbia, o Conselho de Segurança da ONU se omitiu em relação à uma possível intervenção até o momento, há até quem diga já o tosco argumento de que “ruim com Gaddafi, pior sem ele”. De qualquer forma, o imobilismo das nações desenvolvidas preocupa e o preço do barril de petróleo segue sendo foco de especulação.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

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