sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bolsa vai da lanterna ao topo do ranking de investimentos em setembro


Dólar também foi destaque no mês, após fechar setembro no menor patamar em dois anos.

A capitalização da Petrobrás e a grande publicidade da Bolsa brasileira no mercado internacional foram positivas para a BM&F Bovespa. Em setembro, a Bolsa teve o melhor resultado entre os investimentos, com alta de 6,58%. As duas ações mais líquidas do mercado – Petrobrás PN e Vale PNA – ajudaram na alta. O papel da mineradora subiu 11,75%, enquanto a petrolífera avançou 4,72%.

A alta se deve a dois fatores, segundo especialistas. "Houve muita publicidade, o que atraiu mais recursos de estrangeiros para a Bolsa, e a tendência da queda dos juros, apesar de algumas altas em 2010, continua. O interesse das pessoas físicas por renda variável tende a crescer", diz o agente autônomo de investimentos e autor do livro MoneyFit, André Massaro.

Segundo o professor de finanças da FIAP, Marcos Crivelaro, lembra que a Bolsa vive de notícias boas e ruins. "Em setembro, o que percebo que é as notícias positivas superaram as negativas. Há chances de a Bovespa romper os 70 mil pontos ainda em ano, o que dá espaço para ganhos significativos, de até 20% no curto espaço de tempo", acredita. Ele sugere que os investidores aumentem a posição em renda variável, para até 40%, já que, em sua visão, as perspectivas são boas.

As ações da Vale, neste mês, foram fortemente influenciadas pela alta do preço das matérias-primas (commodities). Já as da Petrobrás atraíram o dinheiro dos investidores por conta da oferta de ações.

No lado oposto do ranking, o dólar também mereceu a atenção dos investidores neste fim de mês. No mês, teve queda de 3,64% e fechou a R$ 1,692, o menor nível desde 3 de setembro de 2008. Especialistas recomendam a compra da moeda para quem vai viajar ao exterior no fim do ano, pois uma intervenção mais forte do governo pode fazer com que o dólar não se mantenha nesse patamar tão baixo nos próximos meses.

Renda fixa

Entre as aplicações conservadoras, os fundo de renda fixa se mostraram a melhor opção de aplicação. Subiram 0,75% em setembro. Os fundos Di aparecem logo em seguida, com retorno de 0,67%.

Os especialistas lembram que é importante manter pelo menos uma parte da carteira nessas aplicações consideradas menos arriscadas. "A poupança é interessante para investidores que não têm acesso a fundos DI e renda fixa, com taxa de administração inferior a faixa de 2% a 2,5% ao ano, para movimentações em até seis meses e Imposto de Renda de 22,5%, ou de 2,5% a 3%, para mais de dois anos e IR de 15%. A poupança rendeu 0,58% em setembro.

Por Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios

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