quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Comentário de Mercado 20-01-11

Os mercados asiáticos fecharam em queda nesta quinta-feira. O fraco desempenho de Wall Street ontem e os números econômicos divulgados pela China, que indicam aumento na taxa de juros, contribuíram para o mau resultado nas bolsas da região.

A China divulgou nessa madrugada vários indicadores. O PIB apresentou um crescimento de 10,3% em 2010, contra um avanço de 9,2% em 2009, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS). Segundo Ma Jiantang, diretor do NBS, a economia chinesa está em um momento crucial, em que o período de retomada passa a um crescimento firme. Já a inflação em dezembro, indicador muito aguardado pelos investidores, fechou com 3,3%, comparado com os preços de 2009, o que mostra uma leve redução. Os preços ao produtor (PPI) tiveram alta de 5,5% em 2010, apesar de avanço menor em dezembro, comparado à novembro. As vendas ao varejo apresentaram avanço de 18,4% em 2010, frente ao ano anterior.

Apesar de em suma os dados da economia chinesa serem positivos, este crescimento econômico maior que o esperado alimentou novas projeções de reflexos na inflação e, consequentemente, de um posterior aperto monetário. "Isto forma uma tendência de preocupação por uma inflação geral de preços", escreveu o analista do Société Générale, Yao Wei.

Sendo assim, Tóquio fechou com queda de 1,13%, Hong Kong com queda de 1,7%, Shanghai com forte queda de 2,92%, Sydney com baixa de 1,06%, Seul com queda de 0,43% e Bombai com alta de 0,36%.

Os principais índices de ações da Europa operam em queda, com destaque para a queda das mineradoras, repercutindo o noticiário econômico chinês, e o setor de aviação, com o preço do combustível em alta. A agenda de indicadores deste pregão é escassa em relação à Europa, e um dos poucos dados de maior peso divulgados nesta data foi a inflação ao produtor na Alemanha. O PPI (Producer Price Index) alemão ficou acima do esperado em dezembro ao registrar taxa de 0,7%.

Nesse momento, Londres opera com queda de 1,29%, Paris com baixa de 0,4%, Frankfurt com 0,55% de queda, Milão com 0,2% de alta e Madrid com 0,59% de alta.

Por aqui os mercados futuros apontam para uma abertura em queda. Nesse momento (09h15) o Dow Jones Futuro opera com baixa de 0,21%. O Dólar Futuro opera estável, cotado à R$ 1,673. O Euro ainda não apresentou negócios hoje. Segue cotado à R$ 2,257.

Destaque hoje para a agenda econômica dos EUA e o encontro de Barack Obama com o primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, que gera expectativas sobre um possível ajuste no câmbio chinês.

A agenda econômica de hoje está recheada de fortes indicadores. Segue:

- 11h30: Inicial Jobless Claims – indicador que mede a quantidade de pedidos de auxílio-desemprego.
- 13h00: Existing Home Sales – indicador calcula as vendas de imóveis usados.
Leading Indicators – o Conference Board divulga o Índice de Indicadores Antecedentes, relatório que compreende 10 índices já divulgados no país e que resumem a situação da economia.
Philadelfia Fed Index – índice que avalia a atividade industrial da região da Filadélfia, nos Estados Unidos.
- 13h30: Estoques de Petróleo – O Departamento de Energia dos Estados Unidos atualiza semanalmente o relatório sobre o nível das reservas americanas de petróleo.

Esses indicadores poderão impactar no mercado, trazendo alguma volatilidade e podendo até inverter os sinais.

Por aqui, as notícias dão destaque principalmente para o aumento de 0,50 pontos na taxa básica de juros, a Selic, divulgado na noite de ontem, após a primeira reunião do COPOM, a primeira sob o comando do novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Porém esse aumento já era esperado pelos analistas, logo, nenhuma grande novidade.

Por hora é isso. Bons negócios à todos!

Atenciosamente.

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