domingo, 4 de março de 2012

Segurança: vício ou saúde?

SEU DINHEIRO NÃO RENDE O QUANTO VOCÊ GOSTARIA?

Quando falamos em investimentos ou aplicações financeiras a primeira coisa que vêm à mente das pessoas é a segurança. De modo geral isso não é algo inerente aos brasileiros apenas e a ciência aponta uma explicação para esse fato. Trata-se de uma característica humana conhecida como efeito familiaridade, quando leva o cérebro a associar o que é conhecido à segurança.

Esse efeito acontece com o ser humano desde a idade da pedra. Nossos antepassados, ao avistarem um animal pela segunda vez, tinham certeza de que ele provavelmente era inofensivo, afinal tinham sobrevivido ao primeiro encontro. Até aí tudo bem, o problema acaba surgindo nos dias atuais, com as demais situações com as quais o ser humano se depara no dia-a-dia.

Na hora de investir isso tudo significa dar preferência para as aplicações e investimentos mais conhecidos das pessoas, problema é que na maior parte dos casos estaremos falando das aplicações menos rentáveis.

Esse efeito familiaridade é tão presente nas finanças que até mesmo os especialistas, investidores qualificados, gestores de fundos de pensão e experts do mercado financeiro evitam certos tipos de aplicações.

A verdadeira de que quanto maior o retorno, maior o risco acaba assustando as pessoas de aplicações que poderiam gerar maiores benefícios ao seu patrimônio. A falha dessa afirmação é que as pessoas esquecem de falar que o risco é controlável, por mais arrojada que possa parecer a aplicação.

Além da segurança, outro fator que caminha junto e atrapalha a rentabilidade das aplicações da maioria das pessoas, é a preguiça de pensar naquilo que é considerado complicado. Em muitos casos, quando uma pessoa é confrontada com uma nova possibilidade de aplicação, por mais que isso soe bem, prefere ficar com “o de sempre”, por pensar que já que nunca teve problemas onde está, então que continue assim.

O ideal, portanto, é que pratiquemos sempre o nosso cérebro para que seja treinado para investir de modo racional e objetivo. O objetivo de um investimento não é a segurança e sim a rentabilidade e é nisso que devemos focar. Obviamente que em segundo plano, a segurança é incluída, buscando assim sempre o investimento com maior potencial de rentabilidade e com risco controlado e não um investimento com menor risco possível e rentabilidade baixíssima.



De acordo com alguns especialistas em finanças pessoais, algumas atividades podem lhe ajudar a desenvolver uma mente aberta para investimentos:
- estude sobre diferentes investimentos e mercados;
- converse com gestores, consultores e profissionais de confiança (não apenas com seu gerente no banco);
- compartilhe ideias e experiências com quem já aplicou em investimentos fora do convencional e descubra os prós e contras de cada coisa e o porquê disso;
- trace metas possíveis para curto, médio e longo prazo;
- faça aplicações diferentes, por mais que utilize um percentual baixo do seu capital, para cada meta que possui;
- sempre reveja as suas aplicações;

Guardar dinheiro por guardar, aplicando em poupança ou guardando embaixo do colchão, não vai lhe tornar um investidor de sucesso muito menos servirá de exemplo para outras pessoas que estão em busca de aplicações financeiras adequadas. E pior, você pode até estar correndo o risco de seu dinheiro estar se desvalorizando em valores reais, diminuindo seu poder de compra.

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